Dormir bem é essencial para manter a saúde física e mental, mas muitos brasileiros enfrentam dificuldades para obter uma noite de descanso de qualidade. De acordo com a Associação Brasileira do Sono, cerca de 73 milhões de pessoas no país sofrem de insônia. Entre os principais fatores que interferem na qualidade do sono estão o estresse diário, a exposição excessiva às telas e a má alimentação.
Noites mal dormidas podem resultar em uma série de problemas de saúde, desde irritabilidade e ganho de peso até a diminuição das funções cognitivas. Segundo Lucio Huebra, neurologista e membro da Associação Brasileira do Sono, a persistência de uma má qualidade do sono pode levar a repercussões metabólicas como diabetes, obesidade, alterações no colesterol, hipertensão arterial, aumento do risco cardiovascular e até mesmo infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, o sono insatisfatório pode comprometer o sistema imunológico, facilitando infecções e prejudicando a memória e outras funções cognitivas, podendo inclusive predispor a quadros demenciais.
Para melhorar a qualidade do sono, é possível adotar algumas estratégias caseiras antes de recorrer a medicamentos. Manter uma rotina de sono com horários regulares para dormir e acordar ajuda o corpo a se acostumar com um ciclo consistente. A cama deve ser utilizada apenas para dormir, e se a pessoa não conseguir adormecer em até 30 minutos, é recomendado sair da cama, ir para outro ambiente, ler algo e só voltar quando estiver com sono.
Cuidados com a alimentação também são fundamentais. Ingerir cafeína algumas horas antes de deitar e consumir bebidas alcoólicas próximo ao horário de dormir podem prejudicar o sono. Além disso, refeições gordurosas ou muito volumosas devem ser evitadas, pois a digestão pode causar desconforto e dificultar o relaxamento.
Manter o ambiente do quarto confortável é crucial para uma boa noite de sono. O quarto deve estar escuro, silencioso e com uma temperatura agradável. Para locais barulhentos, tampões de ouvido ou ruídos brancos podem ajudar. Evitar o uso de telas de celulares, tablets e televisores pelo menos uma hora antes de deitar também é importante, já que a luz azul emitida por esses dispositivos interfere na produção de melatonina, o hormônio do sono.
Por fim, práticas de relaxamento como exercícios de respiração profunda, alongamentos leves ou ioga podem reduzir os níveis de estresse e ansiedade, preparando o corpo e a mente para dormir. Se a dificuldade para dormir persistir, é essencial buscar ajuda médica para investigar possíveis causas como ansiedade, apneia do sono ou outros distúrbios.
Com informações CNN Brasil