Falta de embalagens, aumento de impostos e escassez de matéria-prima são os culpados
Empresas de fabricação de cerveja já comunicaram aos governos estaduais que não devem mais ser capazes de sustentar os preços das cervejas no Brasil. A informação foi transmitida por empresas como Ambev e Heineken, que dominam o setor no país. O anúncio foi feito precisamente em um momento em que os governos estaduais estão considerando aumentar os impostos para essa área de comércio.
As cervejarias em questão são representadas pelo Sindicato das Cervejarias (Sindicerv). Os representantes desse sindicato apresentaram ao Ministério da Fazenda os resultados de um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o assunto. De acordo com a análise, no período entre 2019 e 2022, essas empresas absorveram 52,8% dos aumentos nos custos de produção.
Conforme o mesmo estudo da FGV, as mesmas empresas teriam repassado apenas 14% desse aumento de custo para o consumidor final. As marcas alegam que esse sistema resultou em uma margem de lucro cada vez menor ao longo dos últimos anos. Já as microcervejarias afirmam que não obtiveram nenhum retorno.
O Sindicerv também declara que o aumento nos custos foi causado pela escassez de embalagens e pelo aumento nos preços do malte e do lúpulo no Brasil, insumos de extrema importância para a produção de cerveja no país.
Informações por: A Voz do MS News