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quarta-feira, 9 de outubro, 2024

Mosaico de ações do Estado garante alimento na mesa de centenas de índios

A exploração da terra para a cultura dos alimentos foi uma alternativa de ganho a mais no orçamento de indiginas da Aldeia Urbana Água Bonita

06/04/2019 09h09
Por: André Rodrigues

O mosaico de ações do Poder Público na Aldeia Urbana Água Bonita, em Campo Grande, está permitindo também a colheita de resultados positivos na área a agricultura familiar e criação de animais para consumo próprio da comunidade. Além da construção de casas, atendimento social, geração de renda, formação profissional – programas desenvolvidos por meio da parceria União, Estado e município – o projeto da horta comunitária vem crescendo e tornando viável o sonho de 23 indígenas que semeiam, há seis anos, a plantação.

Em 2013, o terena Auder Romeiro Larreira, abraçou a ideia de transformar quatro hectares de uma área cheia de lixo num extenso campo de culturas. Iniciando apenas com ramas de mandioca, hoje hortaliças, tubérculos e frutas são alimentos para centenas de índios da comunidade, além de proporcionar renda extra para os 23 indígenas que acreditaram e iniciaram o projeto.

“A proposta veio da direção da Agehab, a Maria do Carmo (diretora-presidente) me pediu para formar uma força tarefa para fazer a horta. Como o projeto aprovação das casas pelo PNHR estava em fase de conclusão, ela (Maria) nos desafio a buscar o ‘R’ do programa”, explicou Auder que coordena a horta.

O Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) tem como alicerce a construção de residências em áreas rurais. Com a força de negociação do comando da Agência Popular de Habitação (Agehab), o ‘Rural’ que faltava na comunidade, para que fosse habilitada para aprovação das moradias, foi conquistado. Hoje são 23 famílias que detêm os lotes da horta, mas a expansão virá paralelamente à edificação das residências: “Nós queremos que a horta alcance todos os indígenas da aldeia. No sustento alimentar e na geração de renda extra”, disse Auder.

A exploração da terra para a cultura dos alimentos foi uma alternativa de ganho a mais no orçamento da terena Zenilda Pereira. No início, ela mantinha seu emprego de doméstica, mas cultivava nas horas livres. “Me ajudava muito nas despesas da casa. Hoje ela cuida dos pais e vive também com o irmão mais velho do clã. Com a idade avançada dos patriarcas, ela agora fica todo o dia na função do cuidado dos idosos e na atenção à horta. No seu lote, é certo encontrar cebolinha, coentro, rabanete, beterraba, alface e couve. “Tudo aproveitamos, para comer e para uma graninha a mais”, explicou.

O Kadiwéu- Guarani Nito Nelson também já está na labuta diária da roça há muito tempo. Ele fala que hoje precisa de mais parcerias para sanar alguns problemas como extinção de pragas e equipamentos, mas conta que já conseguiram tirar da horta cerca de 30 caixas de produtos por mês, que garantiram o atendimento aos mercados locais.

Aldeia Bonita

Estão sendo construídas 79 moradias para a comunidade indígena da Aldeia Urbana Água Bonita. O projeto tem recurso da União e Governo do Estado. A Prefeitura de Campo Grande é parceria na qualificação dos contemplados no PNHR que trabalham nas obras. Primeiramente, três fases do projeto estão sendo executadas e têm previsão de entrega no primeiro semestre de 2020.

Texto: Beatricce Bruno – Subsecretaria de Comunicação (Subcom).
Fotos: Edemir Rodrigues.

Fonte: Portal do Governo de Mato Grosso do Sul

O terena Auder dedica seu tempo e criatividade para otimizar culturas e ampliar capacidade da horta

Zenilda Pereira Gonçalves tem horta como renda extra e consumo

“Estou aqui desde o início, acompanho a evolução da vida de todos. Projetos como nossa horta, casas e atendimento às famílias indígenas fazem diferença na nossa aldeia”.

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