Geral – 25/04/2012 – 10:04
Levantamento aponta que setor precisa melhorar para Copa e Olimpíada
Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta quarta-feira (25) sobre o setor hoteleiro no Brasil revela que a segunda categoria com maior número de locais de hospedagem nas capitais e regiões metropolitanas são os motéis, com 24,8% de estabelecimentos.
Locais de hospedagem classificados como hotéis (resorts, hotéis históricos e hotéis-fazenda) vêm em primeiro com 46,9% desses estabelecimentos. As pousadas correspondem com 20% desses locais. Em termos relativos, segundo a pesquisa, a região metropolitana de Porto Alegre é a que mais tem motéis, com 37% de seus estabelecimentos de hospedagem nessa categoria. Na sequência aparecem Fortaleza (34,7%) e São Paulo (31,7%).
O levantamento é um desdobramento da primeira Pesquisa de Serviços de Hospedagem, feita em 2011, que investigou 7.479 estabelecimentos nas capitais, regiões metropolitanas das capitais e regiões integradas de desenvolvimento, as Rides. Esses locais de hospedagem concentram 327.678 unidades habitacionais (suítes, apartamentos, quartos e chalés).
O estudo ressalta que o Brasil registrou 5,2 milhões de turistas estrangeiros, patamar considerado baixo quando comparados com países como a França, que recebeu 76,8 milhões, seguida dos Estados Unidos com 59,7 milhões de visitantes de outros países, China, com 55,7 milhões, e Espanha, com 52,7 milhões de turistas.
No entanto, destaca o IBGE, os grandes eventos internacionais marcados para acontecer no Brasil, como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos, trazem a perspectiva de um aumento expressivo de ingresso de estrangeiros no Brasil, assim como a expansão do turismo nacional.
Esses mesmos eventos são apontados pela pesquisa como um desafio para o setor hoteleiro brasileiro, já que vai exigir padrões mais elevados de atendimento e qualidade nos serviços turísticos e de hospedagem. Isto porque, a mesma pesquisa mostra que 87,4% dos estabelecimentos de hospedagem são de médio e baixo conforto/qualidade dos serviços.
Esses locais se caracterizam, de acordo com a pesquisa, com estabelecimentos com acomodações com poucos equipamentos, de caráter familiar e com baixo nível de conforto. Em alguns casos, estão em prédios adaptados.
Em contrapartida, a pesquisa mostra que 12,6 dos estabelecimentos de luxo das regiões metropolitanas e capitais são considerados de luxo ou superior/muito confortável, com padrão elevado de decoração, mobília, aparelhos, instalações para eventos e esportivas, além do atendimento.
A região metropolitana de São Paulo registra o maior número de locais de hospedagem de luxo, com 174 estabelecimentos, mas, proporcionalmente, a região metropolitana do Rio vem na frente, com 18,2% desse tipo de categoria de estabelecimento de hotelaria, seguida das regiões de Curitiba, com 17,9%, Porto Alegre, com 14,4% e São Paulo, com 13,2%.
Porte
Entre as regiões que tem maior proporção de estabelecimentos com 50 unidades habitacionais ou mais se destaca a região metropolitana do Rio de Janeiro, onde os locais de hospedagem desse porte correspondem a 44,3% do total da rede, sendo que 13% têm cem unidades ou mais e 31,3% com entre 50 e 99 unidades. Na sequência aparecem as regiões de Curitiba, com 27,4%, e São Paulo, com 26,7% de estabelecimentos de sua rede com 50 ou mais acomodações.
Os estabelecimentos de menor porte, com até 19 unidades habitacionais, estão mais concentrados na região metropolitana de Florianópolis, que tem 49,8% de seus estabelecimentos com esse tamanho, e nas principais regiões metropolitanas das capitais do Nordeste como Fortaleza (39,6%), Recife (39%) e Salvador, com (38,9%).
Fonte: R7