Analista Anna Christina Mendo disse que ainda está sendo feita uma análise do pedido, mas a remoção dos animais da lagoa está quase certa
30/07/2018 09h39
Por: Deyvid Santos
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) está analisando o pedido de retirada dos jacarés e capivaras da Lagoa Maior, em Três Lagoas (MS), após um pedido da prefeitura. Assunto bastante discutido por três-lagoenses, os animais já fazem parte da rotina de quem passa pelo local.
De acordo com a Anna Christina Mendo, analista ambiental do Ibama, a autorização deve sair na próxima semana, em agosto. Mesmo que ainda esteja sendo feita uma análise quanto ao pedido da prefeitura de Três Lagoas, a retirada dos animais do espaço urbano está quase certa.
“Os jacarés são considerados uma espécie sinantrópica [que se adaptou a viver junto ao homem], mas ele está interagindo com as pessoas e isso não é bom, nem para as pessoas e nem para os jacarés”, comenta Anna Christina.
A analista explica que se a remoção for efetivada, todo o procedimento será realizado com bastante cuidado e acompanhamento veterinário. Os jacarés e capivaras serão retirados do local de forma que não os machuquem.
Depois, esses animais serão transferidos para uma área que suporte cada espécie. Quanto a esse local, o Ibama disse que a prefeitura segue fazendo o monitoramento para decidir qual a melhor área de soltura para receber esses animais.
Lagoa Maior
Atualmente, a Lagoa Maior contém 13 jacarés, sendo 3 adultos e 10 juvenis, e 180 capivaras. A locomoção dos animais para outros locais deve ser realizada logo após a autorização do instituto ambiental.
Anna Christina Mendo ainda comentou que há uma possibilidade de um grupo de capivaras permanecer no local, já que a espécie não oferece riscos aos moradores.
As polêmicas voltaram a ser discutidas quando, no final de maio, um cão foi atacado e morto por um jacaré na lagoa. O acidente foi gravado por populares que passeavam pela área e divulgado nas redes sociais, o que provocou centenas de compartilhamentos entre os moradores da cidade.
Muitas pessoas questionaram também o comportamento dos pais, que deixaram o animal doméstico e a criança entrarem na água, mesmo com placas alertando sobre o perigo dos bichos selvagens.
Informações do site G1.com