05/07/2017 08h53
Por: Ana Carolina Kozara
A parceria estratégica firmada entre a Petrobras e a chinesa CNPC assinada nesta terça-feira (4) e o acordo entre as empresas visa avaliar em conjunto as oportunidades de negócios no Brasil e no exterior e deve resultar na conclusão de obras da estatal que estão paralisadas em todo o País.
“A partir desse memorando de entendimento, as empresas se comprometem a avaliar, conjuntamente, oportunidades no Brasil e no exterior em áreas-chaves de interesse mútuo”, disse a Petrobras no comunicado.
De acordo com o comunicado oficial enviado pela estatal à imprensa, o acontecimento faz parte do plano de negócios da Petrobras traçado para o período entre 2017 e 2021 e tem como meta a realização de parcerias como forma de compartilhar riscos, aumentar a capacidade de investimentos, além de promover intercâmbio tecnológico e fortalecimento da governança corporativa, destacou a estatal.
Especialistas na área de economia afirmam que no jargão de mercado, uma parceria estratégica é algo mais profundo que um acordo comercial, se trata de uma aliança que viabiliza um negocio, e que as empresas compartilham riscos e investimentos.
Três Lagoas
Conforme vem sendo especulado pela mídia local, a aliança entre a estatal e a CNPC ainda não citou a retomada da obra da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) que desde junho deste ano teve a sua venda liberada pelo juiz da 1ª vara de Três Lagoas que derrubou a ação do ministério publico federal (MPF).
O tribunal de contas da união liberou o inicio das negociações da unidade, tendo como principal candidatos a compra um grupo de chineses, a bancada de senadores sul-mato-grossense e o governador realizaram reuniões com o presidente da Petrobras no mês de março onde foram tratados pontos da negociação, inclusive foi citado pela senadora Simone Tebet a importância e se incluir o passivo do consorcio UFN3 com os fornecedores da obra que somam mais de R$ 36 milhões.
Na época das reuniões foi tratada que a obra só deve ser retomada depois da conclusão do acordo com as empresas chinesas.
A obra foi paralisada em setembro de 2014, teve um investimento de R$ 3,2 bilhões e esta com 82% da planta concluída.