01/06/2017 15h16
Por: Ascom
O Sindicato Rural de Três Lagoas sediou o Encontro de Jovens da Agropecuária, seguindo a programação da 40ª Expotrês. O evento, que ocorreu ontem, 31 de maio, na Casa do Criador, reuniu mais de 300 jovens do município e da região, que vieram aprimorar o conhecimento.
O projeto, além de despertar a liderança, busca a oportunidade de integração das gerações envolvidas no setor.
Marco Garcia, presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas, fez a abertura e apresentou aos jovens como funciona o sistema sindical. Para Garcia, “os sindicatos são divididos em patronal, dos trabalhadores rurais e categoria. Temos também o Sistema Famasul, que é formado por todos os sindicatos rurais, o SENAR, FUNAR e APROSOJA”, reforça.
Sobre as ações desenvolvidas pelo sindicato patronal, Marco mostrou o que já foi feito, como as reivindicações de manutenção de estradas, implantação de asfalto na rodovia, ações sociais, captação de recursos para entidades, entre outras.
Rafael Gratão
O presidente do Movimento Nacional de Produtores, Rafael Gratão, participou do Encontro de Jovens da Agropecuária e reforçou a missão, que é defender a dignidade do produtor rural. “Nessa crise que estamos vivendo, temos que abrir portas para as oportunidades. Esse evento é fundamental, pois aqui é o local de acreditar. Trabalhamos com várias frentes, como o FUNRURAL, relação produtor e frigorífico, entre outras”, conclui.
Lucas Galvan
A capacitação foi muito falada pelo diretor executivo do Sistema Famasul, Lucas Galvan. Para ele, “temos o SENAR como braço executor do projeto. O nosso pilar é o conhecimento”, reforça.
O diretor executivo também apresentou alguns números e disse que hoje a Famasul atua em 69 municípios, 19.058 produtores rurais são atendidos e 40.799 propriedades rurais.
André Bartocci
O palestrante convidado, André Bartocci, em sua palestra – intitulada “Os caminhos da pecuária tropical”, mostrou que é possível trabalhar de forma integrada e com controle, todos os processos em uma fazenda.
André é proprietário da fazenda Nossa Senhora das Graças, em Caarapó – Mato Grosso do Sul e acredita que falar do futuro é algo que motiva todos que queiram trabalham com agropecuária.
“Sem a vaca Nelore e a Brachiaria o Brasil seria muito diferente. Não seriamos o maior exportador de carne do mundo. Somos mais produtivos em produção tropical e temos que entender que a célula produtiva da pecuária é o hectare”, reforça.
André, que trabalha na fazenda com recria e engorda, disse aos jovens presentes que o princípio da pecuária é não errar no manejo, no caso da fazenda que administra. “Pecuária de precisão exige monitoramento. Seguimos protocolos e temos que atuar para ela possa ser rentável. Digo que sou uma ilha de pecuária em um mar de soja”, conclui.
Gestão de Pessoas
Bartocci apresentou os processos da fazenda e afirmou que sem pessoas desenvolvendo as técnicas, não iria existir a fazenda. “Em uma antiga garagem, hoje os meus colaboradores realizam todas as quartas-feiras, aulas de informática. As crianças também participam de aulas de inglês, literatura, entre outras. Temos que garantir ações diferentes para o time que está dando resultados. Fazemos isso e tudo está dando certo”, finaliza.
José Luiz Tejon
Com um amplo currículo, atuando em grandes jornais e empresas, José Luiz Tejon Megido, foi aplaudido de pé pelos presentes, encerrando o ciclo de palestras do Encontro de Jovens da Agropecuária.
Com a palestra, “o jovem e o agronegócio, o que eu tenho a ver com isso?”, Tejon apresentou um contexto geral do Brasil e disse que “em 2030 teremos apenas 9% da população no campo. O Brasil é urbano e vamos entrar em uma era muito diferente, onde a tecnologia terá muito mais vez. A evolução dos processos e o mundo digital já é real, mas muitas pessoas ainda não aprenderam essa lógica de mercado”.
De forma geral e falando para todas as profissões presentes, o palestrante disse que agricultura não é só campo. “Temos que saber transitar no marketing, na comunicação, no direito e em todas as áreas. O agronegócio deve ser olhado como um todo, uma vez que precisamos competir com os americanos. Hoje somos o 4º maior exportador de alimentos do mundo. Isso nos orgulha, mas temos que querer mais”.
Investir em pesquisa também foi um dos pontos abordados durante a palestra. “O agronegócio tem demanda e precisamos incentivar as pesquisas. Digo que agronegócio é ciência e tecnologia”, finaliza Tejon.
Após as palestras, os alunos fizeram várias perguntas, que foram respondidas. O Sindicato Rural de Três Lagoas parabeniza a equipe de organização do evento, em especial Stéphanie Ferreira e Kennides Martins.
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