04/03/2017 10h06
Caso completou um mês sexta-feira 03/03
Da redação
Familiares do adolescente de 17 anos que morreu após ter uma mangueira enfiada no ânus realizaram uma manifestação no Fórum de Campo Grande. Aos gritos de “cadeia neles”, o grupo pede por justiça, já que o caso completou um mês sem solução nesta sexta-feira (3).
Com cartazes e faixas esclarecem a todo momento que o ato não foi uma brincadeira, como o declarado pelos envolvidos. A prima do adolescente, Patrícia Brites, disse que a decisão da justiça de liberar os suspeitos é uma “desculpa”. “Não prenderam porque eles socorreram e se apresentaram de livre e espontânea vontade na delegacia, mas eles não fizeram mais do que a obrigação deles”, disse.
Para a mãe do adolescente, Marisilva Silva, os responsáveis devem responder pelo que fizeram. “Não estou podendo dormir, com eles soltos por aí podendo fazer mal para outras famílias, eu não quero ver outra família sofrendo”, disse.
Abalada pela morte, Marisilva conta que no último dia ao lado do filho desenhou um coração com as mãos e disse que o amava. “Há um mês eu não tenho o meu filho em casa e até agora a única coisa que eu sei é que eu o perdi”, disse.
O CASO
No dia 3 de fevereiro, o rapaz foi agredido no lava jato em que trabalhava. Os donos do local enfiaram uma mangueira de compressor de ar no ânus do adolescente. A vítima passou por uma cirurgia que retirou 20 centímetros do intestino e estava se recuperando, mas o estado de saúde complicou e ele veio a óbito no dia 14 de fevereiro. O caso foi registrado por lesão corporal da Delegacia de Pronto Atendimento (Depac), bairro Piratininga.
Com Natália Moraes e Liniker Ribeiro