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Leite está entre os produtos que elevaram o custo da cesta básica para R$ 428

07/07/2016 – Atualizado em 07/07/2016

Por: Marcio Ribeiro com O Estado

Os gastos com a alimentação em Campo Grande dispararam em junho e a cesta básica teve alta de 6,75%, o segundo maior reajuste entre as capitais da região Centro-Oeste, perdendo apenas para Goiânia. De acordo com o levantamento divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), os aumentos registrados nos preços do feijão e do leite puxaram o total do conjunto de alimentos. O período de entressafra na produção de outros alimentos vai continuar pressionando a renda do trabalhador da Capital durante o inverno. No mês passado, o trabalhador precisou desembolsar R$ 428,73 para adquirir todos os 13 produtos pesquisados.

Com o resultado, Campo Grande passou a integrar a lista de 14 cidades onde foi preciso gastar mais de R$ 400 para manter a alimentação básica, conforme os dados do Dieese. Entre maio e junho, o aumento somou R$ 27,10 na cesta básica individual aferida pelo Dieese. Considerando os menores preços registrados pela reportagem de O Estado nos supermercados da Capital, com a diferença era possível comprar 9 produtos com a diferença, como por exemplo, açúcar refinado (R$ 3,98), macarrão (1,98), extrato de tomate (R$ 3,39), cebola (2,78), tomate (R$ 3,89), frango congelado (R$ 3,98), sal (R$ 1,99), leite (R$ 3,59) e detergente (R$ 1,55).

Em junho feijão, leite e manteiga apresentaram alta em todas as capitais. E houve predominância de alta no café em pó, arroz e batata, pesquisada na região Centro-Sul. O feijão seguiu em alta, as taxas verificadas para o tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e em São Paulo, foram expressivas: variaram entre 16,48%, em Macapá, e 106,96%, em Aracaju.

Em Campo Grande o feijão sofreu elevação de 59,16%. De acordo com o Dieese, o clima influenciou na qualidade do grão e, com isso, o preço no varejo subiu desde o início do ano. A cultura do feijão também perdeu espaço para a soja e houve diminuição da área plantada. Em junho, os aumentos foram maiores e o Brasil passou a importar feijão na tentativa de suprir a demanda. No entanto, quase nenhum outro país produz feijão carioquinha. Por fim, a safra irrigada, que começa em julho, pode começar a normalizar a oferta.

O valor do leite aumentou em todas as cidades, devido ao período de entressafra e aos altos custos de produção. As maiores elevações ocorreram em Florianópolis (26,54%), Porto Alegre (19,05%), Campo Grande (15,95%), Palmas (15,23%) e Curitiba (15,19%). O preço da manteiga também subiu em todas as capitais, com destaque para Campo Grande onde a elevação foi de 23,90%, seguido por Macapá (22,64%) e Goiânia (17,52%). As indústrias de laticínios disputaram o pouco leite ofertado no mercado, o que elevou ainda mais o preço dos derivados lácteos.

Os quatro itens que apresentaram retração, em Campo Grande, foram a carne, 2,22%, o pão com queda de 4,06%, a banana 4,74% e o óleo 3,04%. A capital que registrou maior custo para a cesta foi São Paulo, custando R$ 469,02, seguida de Porto Alegre (R$ 465,03) e Florianópolis (R$ 463,24). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 352,12) e Rio Branco (R$ 358,88).

Com base na cesta mais cara e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. O Dieese estima que o valor do salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.940,24, ou 4,48 vezes mais do que o mínimo de R$ 880,00. Em maio, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.777,93. (Com Flávio Brito)

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