Política – 22/03/2012 – 17:03
O senador Waldemir Moka (PMDB) foi alvo de críticas depois que enviou 250 livros para o Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).
A doação foi de códigos penais e cem códigos civis. Até esse ponto alunos e professores estavam satisfeitos, se não fossem o nome e a foto do político estampados na capa das publicações. Segundo o jornal “Paulínia News”, outras cinqüenta constituições federais acompanham o material.
Os professores ficaram revoltados e viram na ação, uma tentativa de promoção pessoal. Agora, caberá ao Centro Acadêmico de Direito da PUC terão que ver o que fazer com o material, já que os docentes não os aceitaram. Quem intermediou a doação foi deputado estadual Júnior Mochi (PMDB), que tem um filho, Lucas Mochi, matriculado no curso e membro do Centro Acadêmico da instituição.
Situação
Lucas argumentou que os acadêmicos que receberiam o livro sabiam que Moka seria o doador e aceitaram, porém, agora ele busca uma solução. “Vamos entrar em contato com o gabinete do senador para saber se podemos alterar os locais nos livros onde o nome dele aparece. Caso não seja possível, vamos devolvê-los”, disse.
O pai de Lucas teria recebido os livros na Assembleia e enviado por meio da cota de Correios dele para o Estado vizinho. O ato do presidente do Senado 10/2009, que trata da utilização da gráfica da Casa, determina que “ficam proibidas a impressão, editoração e publicação de qualquer material que não seja inerente às atividades parlamentares, ao Conselho Editorial e à manutenção e renovação de material de expediente administrativo”.
Moka
“Uns imprimem seus discursos, outros optam por publicar resultados de audiências públicas, projetos aprovados; outros imprimem jornais com suas atividades parlamentares. O Moka prefere usar essa cota para imprimir documentos que possam ser mais úteis, como códigos, estatutos e Constituição, por exemplo, ao invés de jornalzinho para se promover no Estado”, afirmou o senador Moka, por meio de sua assessoria de imprensa.
Outra polêmica
“No início de 2010, uma reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo mostrou um panfleto no qual o então deputado sulmatogrossense Waldemir Moka aparecia sorrindo na foto que simulava a votação para o Senado na tela da urna eletrônica. As instruções para o voto foram reproduzidas em 40 mil exemplares do boletim Moka Senador, cujos exemplares foram distribuídos entre filiados do PMDB em Mato Grosso do Sul e pagos — tanto a impressão como a distribuição — com verba pública, apontou a reportagem”, lembra o jornal de Paulínia.
Fonte: MS JÁ com Paulínia News / Paulinia News