30/07/2013 – Atualizado em 30/07/2013
O evento será focado no panorama geral da produção de celulose e papel
Por: Roberto Silva
A empresa multinacional de Celulose e Papel, Fibria de Três Lagoas, participa da 1ª Semana de Celulose que será realizado a partir das 19h desta terça-feira (30) no SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) do município. O evento será estendido até o dia 1º de agosto e será voltado aos estudantes, trabalhadores e também aos interessados em conhecer mais sobre o panorama geral da produção de celulose e papel.
Entre as atividades, serão debatidos assuntos técnicos como eficiência energética, meio ambiente, produção de celulose e papel, segurança em caldeira, entre outros temas.
O gerente-geral industrial da Fibria, Renato Ottoni, ainda durante o evento fará uma apresentação institucional da unidade e irá abordar que para sustentar o aumento da produção, será necessário um contingente maior de profissionais qualificados para o setor.
Recentemente a Fibria conquistou a marca de 5 milhões de toneladas de celulose produzidas em Três Lagoas, considerando a partida da fábrica em 2009. Fato considerado inédito mundialmente, devido ao curto prazo da operação, aliada a alta tecnologia empregada nas operações e a qualificação e empenho das equipes.
O gerente de recuperação química e utilidades, Fernando Raasch Pereira, irá ministrar uma palestra sobre o painel energético por meio da biomassa. A energia elétrica é um insumo de altíssimo custo e para um processo eletricamente intensivo como é o caso da produção de celulose, a não geração interna de energia elétrica necessária ficaria inviável, tornando o mesmo não competitivo.
O ganho contextualizado fica por conta do atendimento da demanda de energia elétrica a partir de combustíveis totalmente renováveis e gerados no próprio processo de produção de celulose a partir de sua matéria- prima que é a madeira.
Desde o início do ano, a Fibria elevou sua produção de energia excedente, após autorização da ANEEL, de 30 para 50 megawatts/hora. Isso se tornou possível a partir de pequenas correções no projeto original da fábrica, possibilitando maior aproveitamento da biomassa sólida gerada no processamento da madeira.
Com isso, a Fibria sai de uma geração de 120 para 140 megawatts/hora, para se ter uma ideia esse excedente seria o suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 200 mil habitantes.
A exposição contará pela primeira vez com a participação dos fabricantes de celulose e papel e não como em outras que eram apenas para fornecedores.