17/07/2013 – Atualizado em 17/07/2013
Prevenção contra leishmaniose deve ser feito em casa
Por: Cristiane Sagioratto
O coordenador do Setor de Educação em Saúde da Prefeitura de Três Lagoas, Fernando Garcia de Brito, concedeu entrevista à diretora da Rádio Caçula, Toninha Campos, na manhã desta quarta-feira (17) e orientou aos ouvintes quanto às formas de prevenção e cuidados que a população deve ter em relação à leishmaniose.
A leishmaniose é uma doença infecciosa, não contagiosa e é transmitida por insetos que se alimentam de sangue humano, conhecidos como flebótomineos. Popularmente, esses mosquitos são chamados palha, birigui, tatuquiras ou cangalhinha.
Existem dois tipos de leishmaniose, a cutânea e a visceral. O diagnóstico da doença cutânea é dado após três semanas que a pessoa é picada pelo inseto, no entanto, aparece uma lesão na pele que com o passar do tempo vai aumentando de tamanho até formar uma ferida. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz e boca.
Já a leishmaniose visceral, os sintomas aparecem nos animais de estimação, principalmente nos cachorros. Os sintomas são queda de pelos, muita tristeza, unhas grandes, conjuntivite, descamação na pele, feridas nas orelhas, cauda e focinho.
Brito ressaltou que o contágio da leishmaniose visceral se dá pelo contato humano com animais domésticos. O cachorro ao ingerir água contaminada que fica jogada no quintal do morador, pode estar com focos do mosquito.
Ele orienta que o cão deve ser encaminhado ao Centro de Zoonose para verificar se ele está com sintomas da doença.
Sintomas
Os sintomas da leishmaniose é febre irregular por muito tempo, perda de apetite, anemia, fraqueza, emagrecimento, palidez, diarréia, infecção respiratória (tosse), crescimento da barriga.
Doença silenciosa
A leishmaniose é uma doença além de contagiosa ela se manifesta silenciosamente. As características apresentadas pela pessoa contaminada são: não sente dor, não tem cheiro, não arde, não coça e as feridas tem bordas salientes.
O coordenador orienta que o diagnóstico da doença deve ser feito assim que aparecerem os sintomas. “A leishmaniose é uma doença silenciosa, a pessoa pode estar com o inimigo em casa e não tem conhecimento”, alerta Brito.
O mosquito se reproduz por meio do esterco de galinha, de vaca que muitas vezes ficam depositados no quintal da residência e o morador ao menos se dá conta do perigo que corre pela prática errada. “A pessoa pode estar com o inimigo em casa, e não tem conhecimento”, destaca Fernando.
Ele ressalta que a higiene ambiental é fundamental como forma de prevenção da doença. A casa deve ser arejada, as janelas devem ficar abertas, que tem cachorro deve levá-lo ao centro de zoonose para verificar se ele está contaminado com o mosquito Flebotomíneo.
Prevenção
- Fazer podas em árvores constantemente;
- Não acumular flores e frutos no quintal;
-Cascas de frutas devem ser jogadas no lixo e não no quintal; - Evitar jogar água de pia no quintal;
- Manter a casa arejada;
- Levar o cachorro ao Centro de Zoonose se ele apresentar sintomas da doença;
- Evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata
- Fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde
- Evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata
- Utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença
- Usar mosquiteiros para dormir
- Usar telas protetoras em janelas e portas
- Eliminar cães com diagnóstico positivo para leishmaniose visceral, para evitar o aparecimento de casos humanos.