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segunda-feira, 21 de outubro, 2024

MST fecha Marechal Rondon e libera pedágio em Castilho

13/07/2013 – Atualizado em 13/07/2013

Por: Fábio Campos

CASTILHO – A Rodovia Marechal Rondon foi interditada na manhã desta quinta-feira, 11, por mais de noventa minutos no sentido interior e por meia hora no sentido Capital, altura do quilômetro 650, proximidades do trevo de acesso à cidade de Castilho.

O protesto foi realizado por um grupo de 200 manifestantes do Movimento dos Sem Terra, que além de caminhar pelo sentido Oeste da Rodovia interrompendo o trânsito por 3 km, promoveu a liberação do tráfego na praça de pedágio, por onde passaram cerca de 300 veículos nos dois sentidos.

Durante todo percurso caminhado a pé, não houve presença, nem intervenção da Polícia Militar. Os manifestantes exibiam cartazes e gritavam palavras de ordem favoráveis ao plebiscito e à reforma política. Na Praça de Pedágios da Via Rondon não houve depredação. Os militantes apenas retiraram os obstáculos das pistas laterais.

Centenas de veículos passaram sem pagar, enquanto um manifestante mexeu na câmara de segurança para que ela não identificasse as placas dos veículos. A maioria aplaudiu o manifesto. O grupo protestou contra a cobrança de pedágios. Em Castilho os assentados de Reforma Agrária que moram às margens do Rio Paraná pagam R$ 5,00 de pedágio toda vez que precisam ir até a cidade.

Viaturas do Tático Ostensivo Rodoviário – TOR e da Polícia Militar chegaram ao local quando os manifestantes já haviam alcançado a praça de pedágio. Um grupo alertava que não se tratava de saque aos caixas, nem de qualquer depredação do local.

Um dos comandantes da operação se aproximou para negociar e o manifesto ainda prosseguiu por meia hora, porém com a própria polícia evitando a passagem livre dos veículos pelo pedágio. Cumprido o prazo do acordo, o local foi liberado pacificamente e sem qualquer violência.

Antes da decisão de ocupar a rodovia e liberar a passagem livre as lideranças do MST, Lourival de Paula e Renê Parren, fizeram pronunciamentos para dizer que o Brasil passa por um grande momento de cobrança de direitos e que os cidadãos acordaram e já não são os movimentos sociais, mas do meio do próprio povo que vem brotando a revolta.

“Vamos para a revolução ou para uma nova intervenção do Exército”, afirmou Lourival, condenando a segunda opção, por considerar que ela já deu mostras de que não serve para o Brasil.

Lourival disse que o país reage porque não aceita mais conviver com a diferença social “dos ricos cada vez mais ricos”. Ele defendeu o imposto sobre heranças e a estatização de riquezas nacionais como o petróleo.

Entre os protestos, ouviu-se frases também contra “o monopólio da Rede Globo” e o comprometimento de certa ala da imprensa com a defesa das oligarquias defensoras da estrutura social de dominação do dinheiro sobre a Justiça e a Saúde. [antônio do carmo – jornal do assentado]

Fotos Antônio do Carmo e Roni Willer

Fotos Antônio do Carmo e Roni Willer

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