08/07/2013 – Atualizado em 08/07/2013

Operários retornam às atividades na obra da Petrobras

As atividades no canteiro de obras do Consórcio UFN3 estão voltando à normalidade de forma gradual. Direção da empresa informou que até amanhã, todos os operários deverão voltar ao trabalho e no pico na obra aproximadamente dez mil colaboradores vão trabalhar no local

Por: Ascom

Após 13 dias de paralisação das atividades no canteiro de obras do Consórcio da UFN3, hoje (8), os trabalhadores retornaram aos trabalhos normais. De acordo com informações repassadas à reportagem, 53 ônibus entraram na empresa, sendo que cada coletivo transportava em torno de 30 operários.

A previsão é que as obras voltem a serem realizadas nesta terça-feira (9), com seu quadro de funcionários restabelecido.

Segundo o advogado da empresa e negociador, Marcos Cruz, que está em Três Lagoas, acompanhando o retorno das atividades no Consórcio, a decisão da volta imediata dos trabalhados ocorreu após um acordo firmado no dia 1º de julho deste ano, no Tribunal Regional do Trabalho, em Campo Grande (MS), entre os dois sindicatos, Sintricom (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil Leve), Sintiespav (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil Pesada e a comissão dos trabalhadores.

A audiência foi realizada perante o presidente do TRT, o desembargador Francisco das Chagas Lima Filho.

PRESENÇA DA PM

A Polícia Militar esteve no local e acompanhou à distância a entrada dos trabalhadores no canteiro de obras. Viaturas policiais chegaram ao local por volta das 5 horas e se retiram logo após constatar que o clima era pacífico e de tranquilidade entre os funcionários.

No local, não houve o registro de nenhum incidente, tão pouco, algum tipo de manifestação por parte dos operários.

QUADRO FUNCIONAL

Ainda conforme Cruz, cerca de cinco mil trabalhadores optaram por continuarem no quadro de funcionários exercendo suas funções normalmente e a intenção é de contratar mais cinco mil colaboradores, chegando a um total de 10 mil funcionários no auge da construção da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras.

REIVINDICAÇÕES

Em relação às principais reivindicações feitas pelos trabalhadores, durante a greve, Cruz reiterou que a questão do reajuste salarial não foi atendida devido a um acordo firmado no TRT em fevereiro deste ano que impedia novos aumentos.

“Durante as negociações, que também foram presenciadas pelos dois sindicatos e uma comissão de trabalhadores, a empresa antecipou o reajuste, além de repassar o vale alimentação com um aumento de R$ 180 para R$ 250. Então um novo pedido feito agora era totalmente inoportuno”, disse o advogado.

Em relação às demais questões, como melhorias no alojamento comodato, o Consórcio UFN3 já se comprometeu a realizá-las, como a instalação de condicionador de ar em todos quartos e as torres de telefonia móvel com sinal aberto para todas as operadoras.

“Após um grupo mais exaltado atear fogo e queimar parte do refeitório, o local já está sendo reconstruído para abrigar novamente os funcionários, que atualmente, estão temporariamente alojados na cidade, mas que em breve, retornarão ao Comodato”, finalizou Cruz, ressaltando o compromisso que a empresa tem com os seus colaboradores.

EM CAMPO GRANDE

Representantes do Consórcio UFN3 chegaram na manhã de hoje (8) em Campo Grande e deram início aos acertos da rescisão de contrato de 200 funcionários que estão em hotéis da cidade desde a última quarta-feira. A maioria veio do nordeste, em busca de uma boa renda em Mato Grosso do Sul. Os funcionários foram chamados em grupos para as reuniões e os acertos.