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Greve: Direção do Consórcio UFN3 diz que não há mais o que avançar

28/06/2013 – Atualizado em 28/06/2013

Greve UFN3: Sem acordo, trabalhadores continuam parados, aguardando decisão na segunda-feira

Embora ilegal a paralisação no oitavo dia e greve prossegue até segunda-feira, onde a comissão dos trabalhadores aguarda uma posição da Audiência que vai acontecer no TRT

Por: Assessoria de Imprensa

A greve realizada pelos trabalhadores do canteiro de obras do Consórcio da UFN3, onde está sendo construída a unidade de fertilizantes nitrogenados da Petrobras completou nesta sexta-feira (28), o oitavo dia de paralisação.

Os líderes da comissão dos trabalhadores formada exclusivamente para negociar com a direção da empresa não aceitaram as propostas apresentadas pelo Consórcio em relação a melhorias nas questões sociais e permanecem de braços cruzados.

CONCENTRAÇÃO

Hoje pela manhã foi realizada uma nova concentração reunindo cerca de seis mil operários, na frente da entrada do canteiro de obras da fábrica.

Segundo Dilermando Rodrigues Lacerda, um dos líderes da comissão dos trabalhadores, as reivindicações ainda não foram atendidas, mas ele acredita que as negociações estão avançando, pois a uma nova reunião com diretores da empresa está prevista para ocorrer nos próximos dias.

“Essa já é uma vitória conquistada pelos trabalhadores, que permaneceram unidos, lutando por uma causa justa. Representantes da empresa já entraram em contato e agora é esperar um novo posicionamento da empresa para que cheguemos a um acordo em comum”, disse Lacerda, ressaltando que a paralisação é uma decisão tomada pela classe em conjunto e que ninguém está impedindo a entrada dos que querem trabalhar.

“Não estamos obrigando ninguém a fazer nada. Todos estão aqui por livre e espontânea vontade e a greve é uma decisão unânime dos trabalhadores”, finalizou.

CLIMA PACÍFICO

Durante toda a manifestação, que durou aproximadamente quatro horas, o clima era de tranquilidade. Um carro de som foi alugado pelos trabalhadores e após o repasse das últimas conversações, eles permaneceram no canteiro de obras ao som de vários ritmos musicais.

A Polícia Federal e policiais militares, incluindo a Rotai (considerada como tropa de choque da cidade) também estiveram no local acompanhando de longe a manifestação, não havendo o registro de ocorrências e tampouco a necessidade da intervenção policial.

O comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Wilson Sergio Monari se reuniu com os membros da comissão de greve, bem como a diretoria regional e nacional das Centrais Única dos Trabalhadores (CUT) e disse que precisa cumprir a determinação do desembargador do TRT, Nery Sá e Silva de Azambuja.

O militar garantiu que na segunda-feira que nenhum trabalhador será impedido de entrar no canteiro de obras. “Não vamos obrigar ninguém a trabalhar, mas vamos dar garantia àqueles que querem entrar no canteiro”, enfatizou.

POSIÇÃO DA UFN3

Por sua vez, o advogado do Consórcio UFN3, Marcos Cruz disse por telefone que a posição da empresa é a mesma. Não temos o que mais oferecer. O aumento que eles pedem agora foi concedido em fevereiro deste ano, onde um acordo coletivo de trabalho foi assinado pela empresa, sindicatos da categoria e pela comissão que representava a categoria.

“Não estamos descumprindo o acordo assinado. Pelo contrário, são os trabalhadores que permanecem irredutíveis, quando não cumprem uma determinação da Justiça do Trabalho”.

Quanto à audiência que vai acontecer na segunda-feira pela manhã na sede do TRT em Campo Grande, Marcos Cruz foi taxativo ao falar que a reunião pode até não acontecer, por que não está havendo bom senso do comando grevista. “Não adianta fazer reunião se eles não cedem, não voltam ao canteiro de obras”.

Sobre a possibilidade de uma intervenção nas negociações pela diretoria da Petrobras, Marcos Cruz disse desconhecer o assunto e inclusive já enviou correspondência a Petrobras para se posicionar sobre esse tema, se está em curso algo nesse sentido.

No tocante às questões sociais reivindicadas pelo comando de greve em relação ao alojamento Comodato, as adequações já estão sendo feitas, como a instalação de torre de telefonia de todas as operadoras de celular, bem como a instalação de aparelhos de ar refrigerado. Quanto aos banheiros já foram reformados atendendo a solicitação dos trabalhadores.

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