Saúde – 13/02/2012 – 13:02
Uma dor de cabeça e no corpo, febre e aquele mal-estar típico de quem está “arreado”. O quadro parece familiar? Estes sintomas são comumente encontrados em indivíduos que procuram postos de saúde em períodos chuvosos. A baixa imunidade e a suscetibilidade advinda dos fatores ligados ao frio que a estação proporciona elevam o número de pacientes atendidos com o quadro de viroses.
É bem possível que a consulta com um médico seja concluída com um uníssono: “é só uma virose!”. O diagnóstico nem sempre agrada o paciente, que pode questioná-lo, porém as recomendações devem ser seguidas à risca. É o que sugere o infectologista Romero Assef. Ele confirma ser as viroses respiratórias as mais comuns nesta temporada, acompanhadas daqueles vírus oportunistas. “A maioria delas começam com os mesmo sintomas, mas devem ser avaliados com cautela, para ter certeza que não é um quadro de dengue ou algo mais sério. Para isso é preciso também que o paciente esteja informado para ter convicção do que está sentindo”, explicou.
Segundo ele, o aumento do número de casos observados em hospitais de Belém nesse período é comum e está diretamente associado à mudança na temperatura e com as constantes chuvas. “Em outros meses do ano alguns casos são registrados, as internações são recomendadas, porém não há procura em massa”, destaca Romero. O médico alerta ainda para a alta incidência de viroses em crianças, já que a desidratação é muito mais rápida e pode agravar o quadro.
Devido às dores abdominais, vômito e náuseas, comuns nestes pacientes, o infectologista recomenda o aumento na ingestão de líquidos e valorização de vitamina C na alimentação. Cuidados com a higiene pessoal também ajudam na prevenção. “Mas, é bom estar em dias com exames de rotina como hemogramas, fezes e urina, para que seja possível diagnosticar outros tipos de doenças que possam se manifestar com a virose”, alertou o médico.
BENIGNAS
As viroses em geral são benignas e se forem seguidas as recomendações do médico, desaparecem entre 48 e 72 horas após o tratamento. Ainda assim, é importante nunca descuidar da evolução da doença e comunicar ao médico qualquer sinal de mudança. “Idosos e crianças pedem cuidados redobrados, pois são mais vulneráveis se surgir alguma alteração é necessário monitorá-los com maior atenção”, recomendou.
TEMPO
48 a 72 horas após o tratamento indicado pelo médico é o tempo para que cessem os sintomas, se forem seguidas as recomendações médicas.
CUIDADOS
ALIMENTAÇÃO
Dieta pouco saudável, com muita gordura, por exemplo, é fator que contribui – quando em excesso – para um desgaste maior do organismo, abrindo as portas para os ataques de vírus.
HIDRATE-SE
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É preciso manter o corpo sempre hidratado para se precaver contra a desidratação. Por isso, consuma muito suco de frutas e água de coco, além de água pura.
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Cuidado com água de torneira ou de bica da qual não se sabe a procedência.
COMA EM CASA
Cuidado com alimentos de origem desconhecida. Um lanche natural não é sinônimo de ter sido feito com os cuidados higiênicos adequados.
Fonte: Diário do Pará