Geral – 31/12/2011 – 11:12
Quando um prêmio de mais de R$ 170 milhões está em jogo, qualquer ajuda para a sorte é bem-vinda. Se durante o ano a Mega-Sena atrai milhares de apostadores e suas técnicas – baseadas na lógica ou não -, é neste sábado que a loteria terá seu auge de expectativa: a terceira edição da Mega da Virada.
Para quem quer potencializar suas chances no principal sorteio do País, o engenheiro elétrico Paulo Kanayama, especialista em Mega-Sena, indica fazer um bolão. “Pode apostar menos e, no total, vai fazer mais apostas. Gasta menos e aumenta a chance de ganhar”, diz Kanayama, que edita um jornal vendido em casas lotéricas, o Aposte Bem.
O sistema de aposta, no entanto, pode dar margem para golpes. “Tem que tomar cuidado porque está cheio de estelionatários nessa área. Eu sempre recebo propaganda de golpe por e-mail. Se a pessoa não conhece quem está organizando o bolão, é melhor não entrar. É melhor ela mesma organizar, com os amigos”, afirma o engenheiro, acrescentando que os criminosos não registram as apostas vendidas.
Em fevereiro de 2010, ao menos 35 pessoas compraram cotas de um bolão oferecido por uma lotérica de Novo Hamburgo (RS). As dezenas impressas nos papéis entregues aos clientes foram sorteadas, mas o prêmio, na época estimado em R$ 52 milhões, acumulou por não haver vencedores. Uma funcionária confessou à política ter esquecido de registrar o jogo.
Apostador desde 1996, ano em que o concurso foi criado, Kanayama diz que o interesse pela Mega-Sena começou como brincadeira, mas virou negócio: ele juntou material sobre o concurso, estudou estatísticas para loterias e resolveu criar a publicação destinada a apostadores. O engenheiro, que dá aulas na pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP) e na graduação da universidade Cidade de São Paulo (Unicid) e da faculdade Drummond, conta que aposta sempre que passa em frente a uma casa lotérica, mas valores baixos.
Jogar constantemente, mas sem comprometer o orçamento, é outra dica de Kanayama, que nunca ganhou o prêmio principal. “Para você ganhar com certeza, tem que jogar R$ 100 milhões. Se você jogar menos que isso, tem que contar com a sorte. Então não adianta jogar aquilo que vai fazer falta porque a maior probabilidade é perder”, diz.
Quina na Mega da Virada
Segundo o engenheiro, para quem vai fazer apostas maiores que R$ 2 na Mega da Virada, é aconselhável registrar volantes separados, ao invés de comprar uma cartela e assinalar setes ou mais dezenas. “Se você fizer dois jogos diferentes com o mesmo valor, a chance de Sena (acertar seis dezenas) vai ser a mesma. A chance de Quina (cinco dezenas) e Quadra (quatro dezenas) é diferente, dependendo se você joga em volante de seis ou de sete ou mais. Em volante de seis, a chance de Quina e Quadra é maior porque tem menos repetições de quatro ou cinco números”, diz.
Conforme ele, quando o apostador joga um cartão com sete dezenas, que custa R$ 14, estão “embutidos” conjuntos de cinco dezenas repetidas. Assim, se a pessoa acerta a Quina, levará o prêmio duas vezes. Já em uma aposta com sete volantes de seis dezenas, que também custa R$ 14, é possível fazer sete combinações completamente diferentes de números. “Se não der em um jogo, pode dar no outro”, afirma Kanayama.
“Por isso é melhor fazer mais jogos de seis que fazer poucos jogos de sete ou de oito. Ainda mais na Mega da Virada, que, se não tiver acertador da Sena, vai ser rateado para quem acertar a Quina. Se acontecer esse caso, é melhor concorrer com mais chances na Quina”, completa.
Fonte: Terra