Política – 22/02/2013 – 14:02
A presidente Dilma Rousseff chegou na madrugada de hoje (22) a Malabo, na Guiné Equatorial, onde participa da 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul-África (ASA). Dilma tem atividades durante todo o dia, com almoço, reuniões e encerramento previsto para as 18h30min (14h30min em Brasília). A presidente viajou acompanhada por vários ministros, como Antonio Patriota (Relações Exteriores), Helena Chagas (Secretaria de Comunicação Social) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
A Cúpula América do Sul-África (ASA) representa a consolidação de compromissos baseados na integração sul-americana e o aprofundamento das relações com o Continente Africano. Ontem (21), o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, destacou a importância da cúpula. “É a reafirmação do compromisso político com a busca de novas modalidades de aproximação entre os dois continentes”, disse.
Patriota ressaltou que a soma entre os continentes da América do Sul e da África resultada em um território de 48 mil quilômetros quadrados, com riqueza de recursos naturais e biodiversidade, além de uma população considerada jovem, em um total de 1,4 bilhão de pessoas. Segundo ele, as duas economias atingem um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$ 6 trilhões.
“Hoje, abre-se espaço para que a voz da América do Sul e da África, como países em desenvolvimento, seja cada vez mais ouvida. É fundamental aproveitar o momento, promover a discussão da necessidade de maior participação de nossos países nos foros da governança global”, destacou o chanceler brasileiro.
Patriota reiterou a necessidade de o Conselho de Segurança das Nações Unidas refletir o crescimento exercido pelos países sul-americanos e africanos. “O Conselho de Segurança da ONU reflete uma ordem internacional que não existe mais. O conselho não tem membros africanos ou sul-americanos no seu núcleo decisório de integrantes permanentes”, disse.
Para o chanceler, “a ampliação [do conselho], com novos assentos permanentes e não permanentes para países em desenvolvimento, é essencial para torná-lo mais legítimo e representativo. “Afinal de contas, juntas, a América do Sul e a África representam 66 países-membros das Nações Unidas”, acrescentou.
Patriota aproveitou para defender a candidatura brasileira à direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), por intermédio do embaixador Roberto de Azevêdo. “Na OMC, devemos aproveitar a oportunidade para eleger um novo diretor-geral proveniente de um país em desenvolvimento, preferencialmente da América do Sul ou da África”, disse.
Fonte: Correio do Estado