Saúde – 21/01/2013 – 16:01
Um estudo elaborado em rede por países em desenvolvimento e desenvolvidos mostra que, nos últimos seis anos, o Brasil, México, Chile e Uruguai conseguiram reduzir pela metade o índice de mortalidade precoce da leucemia promielocítica aguda (LPA), um tipo mais agressivo de câncer do sangue e da medula óssea.
Para o coordenador do grupo no Brasil, Eduardo Rego, do Centro de Terapia Celular do Hemocentro de Ribeirão Preto (CTC-HRP), a cooperação em rede foi fundamental para o bom resultado e para a melhoria operacional nos controles de casos.
“Esse tipo de câncer é um dos mais agressivos, há elevada mortalidade nos primeiros dias após o diagnóstico, devido a manifestações hemorrágicas muito graves. Por isso, o diagnóstico mais precoce é muito importante, e o fato de conseguirmos trabalhar em consórcio permitiu que a gente fizesse o reconhecimento dessa forma de leucemia em poucas horas, o que é crucial”.
Antes da criação do consórcio, em 2006, a mortalidade no primeiro mês após o diagnóstico era acima de 30% e a sobrevida global após três anos era cerca de 50%. Em 2011, a pesquisa mostrou que a taxa de mortalidade caiu para 15% e a de sobrevida aumentou para 80%. Rego explicou que, em países da Europa como a Espanha, a mortalidade precoce fica entre 5% a 7% e a taxa de sobrevida de 90%, onde o modelo de consórcio é antigo. “Esperamos alcançá-los em breve”.
Fonte: Correio do Estado