O encontro técnico, nesta sexta-feira (25), na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semea), foi para a equipe do governo municipal receber os mapas e relatórios do Mapeamento de Solo, de representantes da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS). Os dados trazem detalhamentos sobre o desempenho de Três Lagoas no Monitoramento da Safra de Soja 2024/2025.
Nos últimos anos, além do eucalipto, o estudo mostra que a cultura de soja, cana-de-açúcar e milho se destaca pelo ocupação crescente de áreas plantadas do município e trazem informações relevantes sobre o potencial de áreas disponíveis para futuros empreendimentos agrícolas e industriais.

representantes do Sindicato Rural de Três Lagoas (Fotos: divulgação)
A secretária de Meio Ambiente, Mariana Amaral, por meio da Semea, avalia que “as informações apresentadas são fundamentais para ampliar o planejamento das ações municipais, consolidando Três Lagoas como um importante polo de desenvolvimento econômico e agroindustrial do Estado”.
Três Lagoas se destaca como principal polo florestal de Mato Grosso do Sul, com o cultivo do eucalipto ocupando mais de 301 mil hectares – 29,6% da área analisada. Apesar da predominância da silvicultura, o município começa a mostrar sinais de diversificação agrícola, com crescimento expressivo nas áreas de soja, milho e cana-de-açúcar, a exemplo de outros municípios da região Leste de Mato Grosso do Sul, como Cassilândia e Brasilândia, que ocupam posições de destaque no ranking estadual.
“Os municípios de Cassilândia, Alcinópolis e Brasilândia ocupam as três primeiras posições no ranking de produtividade média, com 83,6; 82, e 79,6 sacas por hectares. Os municípios de Douradina, Glória de Dourados e Três Lagoas ocupam as três últimas posições, com produtividade de 19,3; 20 e 26,28 sacas por hectare, respectivamente”, apontou o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.
Três Lagoas registrou no período mapeado, redução nas pastagens para uso agrícola, enquanto as áreas de vegetação nativa cresceram, indicando que o avanço da produção respeitou os limites de preservação do meio ambiente. O cenário reflete um modelo de desenvolvimento focado na silvicultura, mas com abertura para novas oportunidades no agronegócio.
Mapeamento do solo
De acordo com informações do Projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS, até o dia 18 de abril, a colheita de soja para a safra 2024/2025 alcançou 99,1% da área total. A região sul está com a colheita mais avançada, com média de 99,6%, enquanto a região centro está com 98,5% e a norte está com 98,2% de média. A área colhida até o momento, conforme estimativa do Projeto SIGA-MS, é de aproximadamente 4,4 milhões de hectares.

A estimativa é que a safra seja 6,8% maior em relação ao ciclo passado (2023/2024), atingindo uma área de 4,5 milhões de hectares. A produtividade inicial foi de 51,7 sacas por hectare, gerando uma expectativa de produção de 13,9 milhões de toneladas.
Essa perspectiva é baseada na média dos últimos cinco anos do projeto SIGA-MS. Após a amostragem de 10,7% da área, novos dados indicaram uma produtividade de 54,4 sacas por hectare, um aumento de 11,4% em comparação ao ciclo passado. Isso gera uma expectativa de produção de 14,686 milhões de toneladas, um aumento de 18,9% em relação à produção anterior (2023/2024). Comparando a produtividade inicial com a atual, temos um aumento de 5%.
O projeto Siga-MS, uma parceria entre o Governo do Estado e a Aprosoja/MS, oferece dados que servem como ferramentas para governo, políticos, empresários do mercado agropecuário, desenvolverem estratégias e ações, para fortalecer todo o setor produtivo.
A Aprosoja/MS disponibilizou o estudo a mais de 40 prefeituras do Estado, com o intuito de colaborar para o desenvolvimento regional e implantação de novos empreendimentos do agronegócio, como indústrias de processamento, fábricas e polos logísticos.
Dados disponibilizados pela Aprosoja – MS