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Três Lagoas
sábado, 19 de abril, 2025

GAECO deflagra operação para apurar irregularidades em contratos em Três Lagoas

Ação deflagrada nesta quarta-feira, 16, não possui ligação com a gestão Cassiano Maia, e sim com contratos realizados na gestão anterior, tendo como alvo a Secretaria de Esporte, Juventude e Lazer do município.

Na manhã desta quarta-feira, 16, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), em conjunto com a 7ª Promotoria de Justiça de Três Lagoas, deflagrou a “Operação Backstage”. A ação cumpriu dez mandados de busca e apreensão, sendo oito em Três Lagoas e dois em Dourados, com o objetivo de apurar possíveis crimes de associação criminosa, fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, entre outros delitos relacionados à administração pública.

As investigações apontam que uma empresa de Três Lagoas venceu repetidamente licitações municipais para fornecimento de estruturas e equipamentos destinados à realização de eventos e shows desde 2022. Os procedimentos licitatórios apresentam fortes indícios de irregularidades, incluindo direcionamento de contratos e superfaturamento. O Tribunal de Contas do Estado já havia identificado vícios em um dos processos de contratação, reforçando as suspeitas de ilegalidades.

O nome “Backstage” faz alusão às ações ocultas nos bastidores dos eventos, que, segundo as investigações, envolviam práticas ilícitas desconhecidas do público. A operação visa coletar documentos, mídias e outros materiais que possam comprovar os atos ilícitos cometidos por servidores ou agentes públicos envolvidos no esquema.

A diligência foi autorizada pela juíza Mariana Rezende Ferreira Yoshida e acontece no âmbito de um inquérito sigiloso que investiga indícios de irregularidades e violação aos princípios da administração pública, conforme prevê o artigo 240 do Código de Processo Penal.

O endereço alvo da ação foi a Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (SEJUVEL), onde no local, os agentes recolheram documentos, mídias digitais e outros materiais que possam servir como prova nas investigações. O mandado tem validade de 60 dias e permite análise minuciosa do material apreendido.

A Prefeitura de Três Lagoas, sob a atual gestão, afirmou que a operação não tem relação com a administração vigente e que está colaborando com os órgãos de controle e fiscalização para que quaisquer irregularidades herdadas da gestão anterior sejam devidamente apuradas e punidas conforme a lei.

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