Sete pessoas já morreram e outras nove mortes estão sob investigação.
Mato Grosso do Sul vive um início de ano preocupante no cenário de saúde pública, com registros alarmantes de dengue e chikungunya espalhando-se pelo estado. Sete mortes por dengue já foram confirmadas em 2025, enquanto outras nove seguem sob investigação, conforme o mais recente boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado nesta quinta-feira (10).
Os números oficiais apontam 7.646 casos prováveis de dengue, sendo 2.891 já confirmados. As mortes ocorreram nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã e Coxim. Três das vítimas fatais apresentavam comorbidades, o que pode ter agravado o quadro clínico.
Em paralelo, a chikungunya também avança no estado, com 5.738 casos prováveis e 1.230 confirmados. Um óbito já foi registrado no município de Dois Irmãos do Buriti. Doze casos da doença foram identificados em gestantes, grupo considerado de risco. Nas últimas duas semanas, os municípios de Figueirão, Itaquiraí e Jateí apresentaram média de incidência elevada, com confirmação crescente dos casos.
Diante da escalada nos números, a SES reforça a importância da vacinação. Até o momento, 156.182 doses do imunizante contra a dengue já foram aplicadas. O estado recebeu 241.030 doses do Ministério da Saúde. A vacina é recomendada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, 11 meses e 29 dias, faixa etária com maior índice de hospitalizações pela doença. O esquema vacinal prevê duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
A SES alerta para que a população evite a automedicação e, ao perceber sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, manchas na pele ou mal-estar persistente, procure imediatamente uma unidade de saúde. O atendimento precoce pode evitar agravamentos e salvar vidas.