Se a humanidade não conseguir reverter os impactos das mudanças climáticas, a Terra pode enfrentar uma extinção em massa, semelhante ao evento do Período Permiano, há cerca de 299 a 251 milhões de anos, quando 90% das espécies foram extintas. O alerta foi dado por Hugh Montgomery, pesquisador da University College London, durante o evento Forecasting Healthy Futures Global Summit, realizado no Rio de Janeiro. Ele ressaltou que a extinção já está em curso, sendo “a maior e mais rápida da história”, com a humanidade como principal responsável.
Montgomery destacou que a situação pode se tornar ainda mais grave se a temperatura global aumentar 3ºC acima dos níveis pré-industriais, o que pode ocorrer até 2100, caso as atuais emissões de gases de efeito estufa não sejam reduzidas. Em 2024, a temperatura global já subiu 1,5ºC. O pesquisador alertou para as consequências, como o colapso das camadas de gelo do Ártico e o aumento do nível do mar, que podem ocorrer se a temperatura atingir entre 1,7ºC e 2,3ºC.
Ele também mencionou o impacto do metano, um gás 83 vezes mais potente que o CO₂, liberado principalmente na extração de gás natural, e afirmou que medidas imediatas de despoluição são essenciais para evitar danos econômicos significativos. A economia global pode perder até 38 trilhões de dólares até 2049 devido aos efeitos das mudanças climáticas.
Montgomery defendeu que, além de adaptar-se às mudanças climáticas já em curso, é crucial reduzir drasticamente as emissões, pois não adianta apenas aliviar os sintomas quando a verdadeira solução é a “cura” para o problema.
Com informações Agência Brasil