Saúde – 19/12/2012 – 17:12
Um laudo assinado pelo pediatra José Tadeu Stockler, que acompanhava o bebê que morreu depois de supostamente engasgar ao tomar uma mamadeira com leite em um colégio de São Paulo na semana passada, afirma que a criança não sofria de refluxo.
Stockler acompanhava Rafael Azevedo Gonzaga de Matos Guilhameti, de 5 meses, desde o nascimento da criança. No laudo ele afirma que “em nenhuma das consultas realizadas houve qualquer sinal clínico de que Rafael fosse portador de refluxo”.
A criança morreu no Colégio Maria José, em São Paulo, na terça-feira (12).
O documento obtido pelo UOL contraria afirmações feitas por representantes do Colégio, que disseram que a mãe da criança não informou que o bebê tinha “problemas de saúde pré-existentes” quando preencheu a ficha de matrícula.
Para o advogado do colégio, Rafael teve sintomas de refluxo gastroesofágico, doença na qual o alimento ingerido volta do esôfago para a boca, e pode provocar a morte por asfixia.
Ele afirmou que o procedimento adotado pela equipe da creche com o bebê foi o adequado para alimentar uma criança sem problemas no sistema gástrico, e que em caso de refluxo o método seria outro.
Segundo o advogado, o documento assinado pelo pediatra não é “conclusivo nem definitivo em relação à criança ter ou não um problema”, e que “não exclui o fato de que ele pudesse sofrer de refluxo mesmo que seus pais não tivessem percebido”.
O laudo oficial sobre a causa da morte de Rafael ainda não foi divulgado. Ontem (18) foi realizada uma missa de sétimo dia em homenagem ao bebê.
Fonte: Uol