Em 31 de dezembro de 2019, os primeiros casos de uma misteriosa pneumonia surgiram em Wuhan, na China, alertando a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 11 de março de 2020, a OMS declarou oficialmente a Covid-19 como uma pandemia, um título que nunca foi revogado. Com o avanço da vacinação e o fim das medidas de isolamento social, surge a questão: a pandemia chegou ao fim?
Durante o período mais crítico da pandemia, entre 2020 e 2021, estima-se que 15 milhões de pessoas tenham morrido diretamente ou indiretamente por causa do vírus. O Dr. Celso Granato, infectologista, explica que o SARS-CoV-2 era mais grave quando passou dos animais para os humanos, mas ao longo do tempo, com a adaptação, a transmissão passou a ser inter-humana.
O desenvolvimento das vacinas trouxe uma esperança renovada, reduzindo o número de mortes e permitindo a retomada gradual das atividades. Em maio de 2023, a OMS retirou a classificação de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional para a Covid-19, após a queda nas mortes, hospitalizações e aumento da imunidade populacional. No entanto, a doença ainda é considerada uma pandemia.
Ethel Maciel, Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, destaca que a distinção entre “Emergência de Saúde Pública” e “pandemia” é crucial. A transição para uma fase endêmica depende da redução de mortes e da compreensão mais aprofundada do comportamento do vírus, o que ainda está em estudo.
Enquanto isso, a vacinação continua essencial. Grupos prioritários, como pessoas com 60 anos ou mais, grávidas e imunocomprometidos, continuam a ser incentivados a se vacinar. A luta contra o vírus ainda não terminou, e a ciência segue seu trabalho para entender melhor o comportamento do SARS-CoV-2.
Com informações CNN Brasil