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Três Lagoas
terça-feira, 4 de março, 2025

“Ainda Estou Aqui” já levou mais de 3 mil pessoas ao cinema em Três Lagoas

Mesmo com números importantes, interesse do três-lagoense pelo longa, estrelado por Fernanda Torres começou a declinar no início de 2025, segundo dados do Sistema de Controle de Bilheteria.

O Brasil brilhou no Oscar 2025 com o filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que levou a estatueta de Melhor Filme Internacional. O reconhecimento impulsionou a bilheteria da produção em Três Lagoas, onde já atraiu 3.419 espectadores até a oitava semana cinematográfica do ano, conforme dados do Sistema de Controle de Bilheteria (SCB).

Desde a estreia, em novembro de 2024, o longa já arrecadou R$ 57.633,85 no município, com 153 sessões realizadas em 66 dias. Em Mato Grosso do Sul, o filme foi exibido mais de 1.030 vezes, chegando a estar em cartaz simultaneamente em nove salas de cinema.

Apesar do prestígio internacional, o desempenho nas bilheteiras locais oscilou. No fim de 2024, Ainda Estou Aqui levou 1.583 pessoas ao cinema em Três Lagoas, gerando uma receita de R$ 27.404,00. Já nos primeiros meses de 2025, 1.417 espectadores assistiram ao filme, mas a arrecadação foi menor: R$ 22.523,85.

Os números mostram que o público três-lagoense demorou a aderir à produção. Na 48ª semana de 2024, apenas 182 ingressos foram vendidos, marcando o momento de menor procura. O cenário mudou na 6ª semana de 2025, quando o impacto do Oscar e da divulgação elevou a bilheteria para 776 ingressos. No entanto, desde então, os números voltaram a cair, indicando que o interesse pelo longa pode estar diminuindo.

O filme retrata a trajetória de Eunice Paiva, símbolo da luta pelos direitos humanos no Brasil, ganha vida nas telas em um novo longa-metragem estrelado por Fernanda Torres. O filme narra a incansável busca de Eunice pela verdade sobre o desaparecimento de seu marido, o ex-deputado federal Rubens Paiva, interpretado por Selton Mello, vítima da repressão durante a ditadura militar.

Por mais de 40 anos, Eunice enfrentou o silêncio do Estado e a ausência de respostas sobre o destino de Rubens, tornando-se uma referência na defesa da memória e da justiça no país. A produção conta ainda com Fernanda Montenegro no papel de Eunice em sua fase mais velha, reforçando a intensidade e a sensibilidade da história.

O longa promete emocionar e provocar reflexões sobre um dos períodos mais sombrios da história brasileira, trazendo à tona a importância da luta por justiça e memória.

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