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Três Lagoas
sábado, 15 de março, 2025

Refeitório fraudava 100 refeições por dia para inflar contrato com UFMS, diz PF

Restaurante universitário de Três Lagoas foi fechado no dia 24, depois que UFMS encontrou indícios de fraude.

Investigação da PF (Polícia Federal) apurou que a empresa terceirizada, responsável pelo restaurante na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em Três Lagoas, continuava registrando o consumo de refeições, mesmo após fechamento do refeitório.

Segundo a PF, por dia, os envolvidos passavam 100 carteirinhas estudantis no sistema para simular o consumo de refeições que não foram distribuídas e, assim, turbinar o pagamento previsto no contrato do serviço prestado.

Por conta da suspeita de fraude, o UFMS interditou o estabelecimento na última segunda-feira (24).

A PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão, sendo uma no campus da UFMS em Três Lagoas e, outro, na casa de um dos investigados, também naquele município. Foram apreendidos computadores, celulares e um carro. As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Federal de Campo Grande.

Segundo a PF, a investigação começou no dia 24, quando a UFMS encaminhou ofício aos federais informando a suspensão do contrato administrativo por suspeita de fraude e desvio de recursos públicos, o que levou ao fechamento do restaurante universitário.

Depois do ofício, a PF e o MPF (Ministério Público Federal) apresentaram representação conjunta pela expedição dos mandados de busca e apreensão para evitar a destruição de provas pelos investigados.

Entre os vídeos que foram anexados na investigação, encaminhados pela UFMS, consta um que mostra a ação no refeitório. Mesmo após o encerramento das atividades do dia, ainda continuava a ser registrada a disponibilização de várias refeições, como se ainda tivesse aluno no local.

 O intuito, conforme nota da PF, era superfaturar o contrato administrativo e aumentar ilicitamente o lucro obtido, por meio de apropriação indevida das verbas da UFMS. As investigações apontam que todos os dias, após o fechamento do RU, os envolvidos passavam cerca de 100 carteirinhas, simulando que alunos tinham consumido as refeições.

(*) Campo Grande News

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