Cerca de 500 mil novos casos de câncer de pâncreas são diagnosticados anualmente no mundo, e a taxa de sobrevivência após cinco anos é de apenas 10%. Contudo, uma vacina experimental desenvolvida pela BioNTech, utilizando tecnologia de mRNA personalizada, promete avanços significativos no tratamento da doença.
O imunizante é criado com base nas mutações específicas do tumor de cada paciente, visando atacar as falhas genéticas acumuladas pelas células cancerígenas à medida que se dividem. Um ensaio clínico de fase um, com 16 participantes diagnosticados com câncer de pâncreas em estágio inicial, revelou resultados promissores. Oito pacientes apresentaram respostas imunológicas fortes, e em apenas dois casos o câncer retornou após mais de três anos, um período geralmente crítico para a recorrência da doença.
Em contraste, dos oito pacientes que não tiveram respostas significativas do sistema imunológico, sete enfrentaram a volta do câncer dentro do mesmo intervalo de tempo. Esses resultados sugerem a necessidade de ajustes no imunizante, mas os pesquisadores estão otimistas e planejam ampliar os testes com mais pacientes para confirmar a eficácia da vacina. A pesquisa foi publicada na Nature.
Com informações Olhar Digital