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sábado, 22 de fevereiro, 2025

Oruam, cantor de músicas polêmicas, é preso e liberado após pagar fiança

O rapper Oruam, filho do líder da facção criminosa Comando Vermelho, foi detido na tarde de quinta-feira (20) na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, após tentar escapar de uma blitz na região do Joá. De acordo com informações do portal G1, o artista foi abordado e autuado em flagrante por direção perigosa. Um vídeo, que circula na internet, mostra o cantor sendo algemado e colocado no camburão da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), enquanto uma multidão de fãs se aglomerava no local, sendo dispersada pelos policiais com o uso de spray de pimenta.

Oruam foi liberado à noite após pagar fiança no valor de R$ 60 mil. Ao ser questionado por repórteres sobre rumores de que sua prisão teria sido uma estratégia de marketing para promover uma música, o rapper respondeu de forma enigmática: “Eu sou o artista de trap mais ouvido do Brasil e ninguém nunca quis me entrevistar. Agora por que querem? Saiu o bagulho aí e vocês querem me entrevistar. Marketing de quê?”

Registrado como Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, Oruam é um nome conhecido no cenário musical. Com mais de 10 milhões de seguidores nas redes sociais e 13 milhões de ouvintes mensais no Spotify, o rapper é responsável por hits como “Oh garota, eu quero você só pra mim” e “Diz aí qual é o plano”, com mais de 100 milhões de execuções em cada faixa. No entanto, sua fama também está ligada a polêmicas envolvendo sua origem e as figuras criminosas com as quais tem laços familiares. Oruam é filho de Marcinho VP, líder do Comando Vermelho, condenado por tráfico de drogas, assassinato e formação de quadrilha, e também tem ligação com Elias Maluco, responsável pelo assassinato do jornalista Tim Lopes em 2002.

Em 2022, Oruam gerou controvérsia ao usar uma camisa no festival Lollapalooza em São Paulo com um pedido pela liberdade de seu pai. O rapper justificou o ato como um desabafo de alguém que cresceu sem o pai e defendendo o direito de ver o familiar livre.

Além disso, Oruam tem sido alvo de propostas legislativas que visam proibir o repasse de recursos públicos para contratar artistas com músicas que promovam a apologia ao crime ou às drogas, especialmente em eventos voltados ao público infantojuvenil. O projeto, que recebeu o nome de “Lei Anti-Oruam”, foi protocolado pela vereadora de São Paulo Amanda Vettorazzo (União Brasil) e está sendo debatido em outras capitais. No Congresso Nacional, o deputado Kim Kataguiri (União-SP) e o senador Cleitinho (Republicanos-MG) também apresentaram propostas semelhantes.

Em resposta, Oruam criticou as iniciativas, afirmando que tais projetos visam criminalizar o funk, o rap e o trap, movimentos musicais com os quais ele se identifica. O rapper acredita que sua ascensão tem sido usada politicamente para atacar toda a cena musical. “Virei pauta política. Mas o que vocês não entendem é que a Lei Anti-Oruam não ataca só o Oruam, mas todos os artistas da cena”, afirmou.

Com informações Correio Braziliense

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