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sexta-feira, 21 de fevereiro, 2025

Nos bastidores da Shein: trabalho exaustivo e condições precárias na máquina da moda rápida

Em Guangzhou, no sul da China, o zumbido das máquinas de costura nunca para. No bairro de Panyu, conhecido como a “vila Shein”, fábricas produzem roupas a todo momento para abastecer o gigantesco império da Shein, maior varejista de fast fashion do mundo. Trabalhadores enfrentam jornadas de até 75 horas semanais, violando leis trabalhistas locais, com muitos recebendo um dia de descanso por mês. A maioria é formada por migrantes rurais, em busca de um salário que mal cobre o custo de vida crescente.

A Shein, que começou como uma pequena empresa, agora é avaliada em cerca de US$ 60 bilhões e está se preparando para uma possível listagem na Bolsa de Londres. Seu sucesso se deve ao volume massivo de vendas, com preços baixos e um estoque de centenas de milhares de peças. Contudo, a empresa enfrenta críticas por suas condições de trabalho, incluindo denúncias de trabalho infantil em suas fábricas. Em resposta, a Shein afirmou estar comprometida em melhorar as condições na cadeia de suprimentos.

Em Panyu, as fábricas funcionam sem parar, com trabalhadores recebendo por peça produzida. Uma costureira, por exemplo, ganha menos de R$ 2 por camiseta e, com muito esforço, consegue alcançar entre R$ 3.380 e R$ 8.500 por mês. Embora o trabalho extenuante seja comum na indústria têxtil da região, muitos, como a mulher de 49 anos de Jiangxi, afirmam que o salário não é suficiente para cobrir as necessidades básicas.

Além das longas jornadas, a Shein enfrenta questões éticas, com acusações de trabalho forçado, especialmente relacionado ao algodão de Xinjiang, produzido sob condições controversas. Para especialistas, a transparência na cadeia de suprimentos da empresa será essencial para sua reputação, especialmente com os olhos do mundo voltados para suas práticas.

Apesar das críticas, muitos trabalhadores e fornecedores veem a Shein como uma fonte confiável de renda. A empresa paga seus fornecedores em dia e se tornou um pilar da indústria da moda na China, embora suas condições de trabalho permaneçam desafiadoras.

Com informações Correio Braziliense

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