Em janeiro de 2025, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou a menor alta para o mês desde 1994, com um aumento de 0,16%. Contudo, especialistas alertam que a desaceleração da inflação pode ser enganosa. A redução foi impulsionada principalmente pela queda nas tarifas de energia elétrica, mas as pressões inflacionárias persistem em setores essenciais, como alimentos e transportes.
Produtos como cenoura e tomate registraram aumentos de até 36%, enquanto o transporte subiu 1,30%. Para o professor André Charone, os problemas estruturais da economia brasileira não foram resolvidos, e a política fiscal e monetária do governo segue contraditória. Embora o governo tente controlar a inflação no curto prazo, o cenário real é de um crescimento lento e um mercado de crédito restrito devido à alta taxa Selic de 13,25%.
Charone critica a falta de reformas estruturais e a gestão fiscal do governo, que segue gastando mais do que arrecada. A incerteza econômica e os altos custos de vida pressionam a população, enquanto a falta de investimentos estrangeiros ameaça a competitividade do Brasil no mercado global. Sem mudanças profundas, a economia brasileira corre o risco de estagnação, comprometendo o poder de compra e o futuro do país.
Com informações Folha CG.