Líderes de diversas instituições públicas se reuniram na noite deste domingo (16), na Governadoria de Mato Grosso do Sul, para discutir estratégias de combate à violência contra a mulher. O encontro liderado pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) contou com secretários de Estado, além de representantes do Judiciário e do Ministério Público.
A reunião foi motivada pela crescente preocupação com os índices de violência contra mulheres no Estado. Na última semana, a jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, foi esfaqueada e vítima do segundo feminicídio do ano. Em áudios após atendimentos na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), ela relatou o descaso.
“Reunião importante diante de tudo o que aconteceu e vem acontecendo, não só no Estado, mas no Brasil, no mundo, com relação à violência contra as mulheres. Discutimos ações que precisam ser modificadas e implementadas para minimizar isso, uma angústia da nossa sociedade”, afirmou o governador Riedel.
Somente em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira concedeu mais de 5 mil medidas protetivas de urgência em 2024, o que representa quase duas medidas por hora. Em todo o Estado, o número supera 13 mil medidas protetivas, ou seja, uma a cada 40 minutos.
Apesar das medidas adotadas, os casos de feminicídio e tentativa de feminicídio continuam ocorrendo com frequência preocupante. “Mas a gente não tem tido o êxito necessário, pois os casos continuam acontecendo. Essa é minha angústia e demanda para que todos se mobilizem em torno de ações concretas, que gerem resultado e barrem esse tipo de ação com a frequência que tem tido dentro de Mato Grosso do Sul”, reforçou Riedel.
O governo do Estado busca uma reformulação do modelo atual de enfrentamento à violência de gênero, tornando as ações mais efetivas. A Casa da Mulher Brasileira, que já funciona em Campo Grande e tem unidades em construção em Ponta Porã, Dourados e Corumbá, é um dos focos dessa reestruturação.
(*) Campo Grande News