O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, realizou uma reunião no último sábado (08), em Campo Grande com o governador Eduardo Riedel (PSDB) e o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente regional do PSDB no Mato Grosso do Sul. O objetivo foi convencer as lideranças tucanas a aceitar a incorporação do PSDB pelo PSD, unindo as duas siglas sem perder os atuais deputados federais.
![](https://www.radiocacula.com.br/wp-content/uploads/2025/02/ri-e-aza.jpg)
O PSDB, que comandou o Brasil por dois mandatos sob a liderança de Fernando Henrique Cardoso nos anos 1990, enfrenta uma crise de representatividade e recursos. Em nível nacional, o partido perdeu espaço, com menos acesso ao Fundo Eleitoral e ao tempo de televisão no horário eleitoral gratuito. Apesar de manter força em Mato Grosso do Sul, onde governa o estado e comanda 44 prefeituras, a sigla tucana busca desesperadamente uma saída para se manter relevante.
No entanto, a incorporação pode gerar conflitos internos. O senador Nelsinho Trad (PSD), atual presidente regional do partido e aliado dos tucanos, poderia ficar sem legenda para disputar a reeleição. Azambuja, por outro lado, é visto como favorito para assumir a liderança do PSD no estado, o que poderia garantir uma dobradinha com outro partido para assegurar a reeleição tranquila de Riedel em 2026.
![](https://www.radiocacula.com.br/wp-content/uploads/2025/02/ried.jpg)
A expectativa é que os primeiros acordos comecem a ser implementados já em março, desenhando uma nova configuração partidária no país. Enquanto isso, as lideranças tucanas seguem em busca de uma saída que preserve seu legado, mesmo que isso signifique o fim do PSDB como partido. A incorporação pelo PSD parece ser o caminho mais provável, mas as negociações ainda dependem de consensos entre as principais lideranças nacionais do PSDB, como Marconi Perillo, Eduardo Leite, Raquel Lyra e Aécio Neves.