O mercado de dívida do Brasil deve continuar a crescer em 2025, com potencial para mais atividade no mercado de ações no segundo semestre, após três anos sem IPOs, afirmou Flavio Souza, presidente do Itaú BBA, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos.
Em 2024, a emissão de dívida atingiu R$ 709,2 bilhões, um aumento de 77,5% em relação a 2023 e 55% em relação a 2022, segundo a Anbima. Souza destacou que o mercado de taxas de juros impulsionou esse crescimento.
Apesar das preocupações fiscais e da alta dos juros, que afastaram investidores do mercado acionário, Souza acredita que uma mensagem forte do governo sobre disciplina fiscal pode melhorar o sentimento do mercado e aumentar a atividade de ações no segundo semestre de 2025.
A taxa Selic encerrou 2024 em 12,25%, com o Banco Central sinalizando mais aumentos. Souza observou que o déficit nominal do Brasil, estimado em quase 8% do PIB, é um desafio relacionado à taxa de juros.
Souza também espera um aumento nas fusões e aquisições em 2025, especialmente nos setores de energia e educação, apesar das altas taxas de juros. Ele mencionou que grandes investidores institucionais estão monitorando o Brasil e veem oportunidades no país.
Com informações InfoMoney