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terça-feira, 21 de janeiro, 2025

Lula reconhece que alta nos preços dos alimentos vai contra promessas de campanha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu, nesta segunda-feira (20), que os preços dos alimentos no Brasil continuam elevados, afetando principalmente as famílias de baixa renda. Durante entrevista, Lula afirmou que a alta no custo de alimentos, como café, feijão, arroz, óleo, carnes, frutas e verduras, vai contra as promessas feitas por ele na campanha eleitoral, quando disse que “o povo iria voltar a comer bem e pagar barato pelos alimentos”.

Lula ressaltou que, embora a realidade seja diferente, o governo está atento ao problema e vai focar em ações para mitigar os impactos dessa alta. Ele destacou a importância de garantir que o alimento chegue na mesa do povo trabalhador em condições compatíveis com o salário que ganha.

A alta nos preços dos alimentos é um reflexo do aumento da inflação, que acelerou no final de 2024. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma variação de 0,52% em dezembro, após um aumento de 0,39% em novembro. O resultado de 2024 ficou em 4,83%, acima da meta de 3% estipulada pelo governo, com uma tolerância de até 4,5%. A inflação de 2024 superou também a taxa de 2023, que havia sido de 4,62%.

O grupo “Alimentação e Bebidas” foi o de maior contribuição para a inflação no ano passado, com um aumento de 7,69% em 2024. Em dezembro, o aumento foi de 1,18%, marcando o quarto mês consecutivo de alta.

Lula destacou que 2025 será um ano de colheita das políticas públicas implementadas ao longo de sua gestão, que estavam em processo de reconstrução após o desmonte promovido pelo governo anterior. Ele cobrou de seus ministros uma maior dedicação para avançar nas políticas públicas, principalmente as voltadas para a recuperação econômica e social do país.

A alta nos preços dos alimentos e a inflação são desafios imediatos para o governo Lula, que precisa balancear as promessas de crescimento econômico com a realidade de custos elevados, especialmente para as famílias mais vulneráveis. A pressão sobre o governo aumenta à medida que o custo de vida continua a impactar diretamente o orçamento doméstico dos brasileiros.

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