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segunda-feira, 20 de janeiro, 2025

Bebê de 4 meses falece com suspeita de virose, e polícia inicia investigação

O bebê Emanoel Tobias Marques tinha apenas quatro meses de vida quando morreu, na manhã da última terça-feira (14), no Hospital Regional de Amambai. O óbito ocorreu cerca de 24 horas após os pais ouvirem que a criança estava com suspeita de virose. O caso é investigado como “morte a esclarecer” pela Polícia Civil da cidade.

Pai do menino, o advogado Willian Moreira conta que ele e a esposa começaram a se preocupar com a febre e a diarreia que o filho apresentava na segunda-feira (13) de manhã. Primeiro, o levaram para a UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila Guape. Médica que avaliou o paciente no local disse suspeitar de sintomas causados por vírus e receitou medicamentos.

Emanoel continuava com febre e foi atendido depois no posto de saúde central de Amambai, onde já tinha uma consulta agendada com uma pediatra na tarde do mesmo dia. À médica, os pais informaram que todos os remédios indicados pela manhã foram comprados, com exceção à dipirona, já que o menino estava sendo medicado com paracetamol.

A pediatra examinou a garganta do paciente e percebeu que havia uma inflamação. Ela prescreveu outro medicamento, segundo o pai.

Mas a febre não melhorou à noite, só aumentou. “Vimos que a temperatura ia subindo cada vez mais e a gente não pode ser negligente nessa hora”, relata Willian. O menino foi levado então para o Hospital Regional de Amambai na madrugada do dia seguinte.

O bebê foi atendido inicialmente por um enfermeiro, que administrou uma compressa de água gelada e álcool, além de um medicamento que o pai diz não lembrar o nome. “Com toda essa situação, a gente acaba esquecendo”, justifica.

Cerca de 30 minutos depois, apareceu um médico. “O doutor perguntou se ele já havia tomado dipirona e nós dissemos que não. Ele decidiu aplicar o medicamento na via intramuscular e aguardamos ali alguns momentos”, continua o advogado. O enfermeiro voltou e perguntou como estava Emanoel, ao que os pais afirmaram “ainda estar com febre”.

O paciente foi liberado para voltar para casa. “Nos chamou atenção que nos liberaram e não procuraram examinar, internar para observação”, destaca o pai.

Últimas horas – Na manhã da terça-feira, os pais notaram que a pele de Emanoel estava roxa e ele parecia estar com sintoma de alergia. Voltaram ao hospital, mas o estado de saúde estava mais grave.

“Fizeram procedimentos na emergência, urgência, todos os procedimentos que tinham que ser feitos, fizeram. Porém, por volta das 10h, o meu filho veio a óbito”, lamenta o pai.

Sem entender qual a causa da morte, o casal resolveu ir até a delegacia da Polícia Civil da cidade para registrar um boletim de ocorrência e pedir uma investigação sobre o que levou à perda de seu único filho. O caso é apurado.

“É difícil suportar. Não estamos acusando ninguém, só estamos buscando esclarecimentos das autoridades competentes. Nosso filho era saudável, queremos explicações”, afirma Willian.

Vídeo e nota – A Prefeitura de Amambai publicou um vídeo nas redes sociais onde o secretário municipal de Saúde, Alessandro Godoi, presta solidariedade à família, oferece apoio e diz ter solicitado os prontuários para entender o que aconteceu.

Em nota oficial, a prefeitura reforçou que “já solicitou ao Hospital Regional os prontuários de todos os atendimentos realizados, com o objetivo de apurar as circunstâncias do ocorrido e colaborar para o total esclarecimento dos fatos”.

(*) Campo Grande News

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