As autoridades chinesas e a população estão apreensivas com o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, temendo uma repetição da guerra comercial que marcou seu primeiro mandato. O vice-presidente chinês, Han Zheng, em reuniões com Elon Musk e outros empresários americanos, expressou esperança de que as empresas dos EUA se estabeleçam na China para estabilizar as relações bilaterais.
Durante seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas sobre mais de 300 bilhões de dólares em importações chinesas e recentemente anunciou a intenção de aumentar essas tarifas em pelo menos 10%. Em um gesto conciliatório, Trump convidou o presidente chinês Xi Jinping para sua posse, mas Xi enviou Han em seu lugar.
Han, em reunião com Musk, nomeado por Trump para liderar um departamento de eficiência governamental, deu as boas-vindas à Tesla e outras empresas americanas para compartilhar os benefícios do desenvolvimento chinês. A reunião, presidida pelo CEO da FedEx, Rajesh Subramaniam, contou com a presença de diretores de oito empresas de diversos setores.
Apesar da cordialidade, há uma sensação de déjà vu entre aqueles que lembram da deterioração rápida dos laços durante o primeiro mandato de Trump. Empresas como a Lira Solutions, que conecta fabricantes chineses com compradores estrangeiros, estão adotando medidas preventivas, exigindo pagamento adiantado de clientes americanos.
Outra guerra comercial poderia deixar a China mais vulnerável, enfrentando uma crise imobiliária, dívida dos governos locais e alto desemprego entre os jovens. Xi e Trump, após uma conversa telefônica, expressaram otimismo sobre um novo começo nas relações EUA-China. Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, referiu-se a “um novo ponto de partida” nas relações bilaterais.
Com informações InfoMoney