Israel e Hamas chegaram a um acordo para encerrar os combates em Gaza e liberar reféns, após 15 meses de conflito, de acordo com os mediadores do Catar e dos Estados Unidos. O acordo, que deve entrar em vigor no domingo, ainda depende da aprovação do gabinete de Israel, que se reunirá na quinta-feira.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou o acordo, afirmando que ele “interromperá os combates em Gaza, trará ajuda humanitária vital para os civis palestinos e reunirá os reféns com suas famílias.” O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reconheceu o progresso do acordo, mas observou que os detalhes finais ainda estavam sendo negociados.
O cessar-fogo será implementado em fases. A primeira fase envolverá a liberação de 33 reféns, incluindo mulheres, crianças e idosos, em troca de prisioneiros palestinos mantidos em prisões israelenses. As forças israelenses se retirarão das áreas densamente povoadas de Gaza, e a ajuda humanitária começará a fluir para a região. As negociações para a segunda fase, que envolverá a liberação total dos reféns e a retirada completa das tropas israelenses, estão previstas para começar no 16º dia.
A fase final se concentrará na reconstrução de Gaza, o que deve levar anos. Ambas as partes expressaram esperança de que esse acordo marque o fim da guerra, embora as hostilidades continuem em Gaza, com relatos de ataques aéreos após o anúncio do cessar-fogo.
O acordo gerou reações mistas, com as famílias dos reféns palestinos e israelenses comemorando a notícia, mas a violência ainda persiste no terreno. Espera-se que o governo israelense aprove o acordo em breve, apesar de algumas oposições dentro da coalizão de Netanyahu.
Biden também reconheceu o papel do ex-presidente Donald Trump em pressionar pela liberação dos reféns, destacando um raro momento de apoio bipartidário nas negociações.