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quinta-feira, 9 de janeiro, 2025

Caso de raiva humana é confirmado em Santa Maria do Cambucá

Uma paciente de Santa Maria do Cambucá, no Agreste de Pernambuco, foi diagnosticada com raiva humana após ser internada no último dia 31 de dezembro. A mulher, que apresentava dormência no tórax, dores e fraqueza muscular, teve a infecção confirmada pelo Instituto Pasteur, em São Paulo, na noite de terça-feira (07/01), conforme comunicado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).

Segundo o laudo, o vírus tem origem silvestre. Investigações iniciais sugerem que queimadas na região podem ter forçado um animal a abandonar seu habitat, levando ao contato com a vítima. “Há muitos anos não registramos casos de raiva humana no estado. No entanto, a vigilância continua monitorando o vírus em animais silvestres. É importante reforçar que, enquanto os animais domésticos devem ser vacinados regularmente, os silvestres podem transmitir o vírus e exigem atenção redobrada”, explicou Eduardo Bezerra, diretor-geral de Vigilância Ambiental de Pernambuco.

Diante de agressões por animais silvestres, a orientação é buscar atendimento médico imediato para avaliar a necessidade de profilaxia, que pode incluir a aplicação de vacinas ou soro. A SES-PE destaca a importância da vacinação de animais domésticos e do cuidado em áreas onde o contato com animais silvestres é mais frequente.

A raiva é uma doença grave causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, presente na saliva de animais transmissores, como morcegos, saguis, raposas, cães e gatos. Apesar de ser quase sempre fatal após o surgimento dos sintomas, pode ser prevenida com a administração da vacina antirrábica e, em casos específicos, do soro antirrábico. Entre 2010 e 2024, foram registrados 48 casos de raiva humana no Brasil, dos quais 24 foram causados por morcegos, nove por cães, seis por primatas não humanos, dois por raposas, quatro por felinos, e um por bovino. Na história dos casos de raiva humana no Brasil, apenas dois pacientes sobreviveram.

Em caso de mordidas ou arranhões, recomenda-se lavar o ferimento com água e sabão e procurar atendimento médico imediato. A profilaxia depende do tipo de animal envolvido e da gravidade da lesão. Especialistas ressaltam a importância da prevenção, com a vacina disponível nos postos de saúde.

Incidentes envolvendo animais silvestres tendem a aumentar devido ao desmatamento, que reduz o habitat natural, principalmente na Amazônia e no Cerrado. Em 2022, o ICMBio classificou 1.254 espécies de animais brasileiros como ameaçadas, sendo 360 em perigo crítico, forçando as espécies a se aproximarem cada vez mais dos centros urbanos.

Com informações Terra notícias

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