Nesta quinta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou pela primeira vez a galeria atualizada dos ex-presidentes da República, localizada no Palácio do Planalto. A exposição, que foi danificada durante os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023, foi reinaugurada em 6 de novembro do ano passado, após um processo de restauração.
Durante a visita, o presidente Lula foi acompanhado por Valdomiro Luis de Sousa, chefe adjunto do Gabinete da Presidência da República. Ao observar as fotos e as legendas que acompanham as imagens dos ex-presidentes, Lula fez duras críticas, especialmente à ausência de informações detalhadas sobre os mandatos. As legendas, que atualmente informam apenas as datas de nascimento e falecimento dos ex-presidentes, foram alvo de seu desagrado. Para o presidente, as informações deveriam ir além dessas datas, incluindo detalhes sobre a trajetória de cada governante.
“Eu quero que as pessoas, ao visitarem este local, olhem para as fotos e saibam a história de cada um. Não basta ver apenas as datas de nascimento e falecimento. A história precisa ser contada”, afirmou Lula, demonstrando insatisfação com o formato atual da exposição.
O presidente aproveitou a oportunidade para relembrar momentos marcantes de algumas gestões, como o impeachment de sua sucessora, Dilma Rousseff. Lula, ao se referir à ex-presidente, explicou que Dilma foi eleita e reeleita, mas sofreu o impeachment, que considerou um golpe. “A Dilma foi eleita, foi reeleita, depois sofreu impeachment, por um golpe. Depois esse aqui não foi eleito (Michel Temer), tomou posse em função do impeachment da Dilma”, destacou, criticando o processo que culminou na saída de Dilma do cargo em 2016.
Ao chegar à foto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu adversário na última eleição, Lula também fez críticas contundentes. “Depois esse aqui foi eleito em função das mentiras. É isso que tem que contar”, disse, referindo-se à eleição de Bolsonaro, que foi marcada por intensos confrontos e polarização política.