Após um ano de recordes em 2024, com um aumento de 16,6% na produção e a conquista do posto de maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos, o Brasil deve enfrentar novos desafios em 2025. As projeções são dos pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
De acordo com o estudo, a produção mundial de algodão está crescendo mais do que a demanda, enquanto os custos aumentam acima dos preços de venda projetados para a nova temporada. Atualmente, o Brasil ocupa a terceira posição entre os maiores produtores globais, atrás de China e Índia, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A estimativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para 2025 é de 3,9 milhões de toneladas.
Desafios à vista
O Cepea aponta que o crescimento da economia mundial deve seguir a mesma linha de 2024, enquanto o petróleo está sendo negociado em patamares inferiores aos de um ano atrás, favorecendo o uso de fibras sintéticas. Os contratos futuros do algodão indicam estabilidade para 2025. No Brasil, as cotações podem ser pressionadas pela maior oferta global, estoques elevados, demanda contida e o modesto crescimento econômico mundial. Por outro lado, a valorização do dólar frente ao real pode sustentar a paridade de exportação, oferecendo algum suporte aos preços.
Produção em alta
A safra 2023/24 marcou o terceiro ano consecutivo de crescimento da produção brasileira de algodão, que alcançou 3,7 milhões de toneladas de pluma. O país cultivou 1,9 milhão de hectares, com uma produtividade média de 1,8 tonelada por hectare. No cenário global, a produção está estimada em 25,6 milhões de toneladas, um aumento de 3,9% em relação à safra anterior. Já o consumo mundial deve atingir 25,21 milhões de toneladas, crescimento de 1,2%.
Exportações em destaque
Em 2024, o Brasil se consolidou como o maior exportador mundial de algodão, e a estimativa para 2025 é de 2,9 milhões de toneladas exportadas. Os principais destinos do algodão brasileiro continuam sendo China e Vietnã.
Com informações Grito MS