A polícia tailandesa indiciou Theerayut Inthaphudkij, 38, sob a acusação de negligência causando morte, após um elefante sob seus cuidados matar a turista espanhola Blanca Ojanguren García, 22, na semana passada. O incidente ocorreu no Koh Yao Elephant Care Centre, no sul da Tailândia, onde García foi ferida na cabeça enquanto dava banho no elefante. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
A trágica morte reacendeu o debate sobre a indústria do turismo de elefantes na Tailândia, criticada por grupos de direitos dos animais como antiética e perigosa. Especialistas sugerem que o elefante pode ter ficado estressado pela interação constante com os turistas.
Ativistas apontam que práticas como o banho de elefantes interrompem comportamentos naturais de higiene, podendo causar estresse e ferimentos nos animais. Segundo a instituição de caridade World Animal Protection, há cerca de 3.000 elefantes em atrações turísticas na Tailândia.
A Organização para o Tratamento Ético dos Animais (Peta) emitiu um comunicado destacando os riscos para humanos e animais. O vice-presidente sênior da Peta, Jason Baker, afirmou que santuários que permitem a interação direta entre humanos e elefantes não são seguros.
Incidentes similares de negligência envolvendo elefantes e turistas já ocorreram no passado, incluindo um caso em 2017 na cidade de Pattaya, onde um elefante matou um guia turístico chinês e feriu dois turistas.
Blanca Ojanguren García, estudante de direito e relações internacionais na Universidade de Navarra, estava morando em Taiwan como parte de um programa de intercâmbio. Ela e seu namorado haviam chegado à Tailândia em 26 de dezembro de 2024.
O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, afirmou que o consulado espanhol em Bangkok está prestando assistência à família de García.
Com informações BBC News