34.9 C
Três Lagoas
quarta-feira, 8 de janeiro, 2025

Especialista alerta: uso indiscriminado da internet pode ser prejudicial

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou recentemente um projeto de lei que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos em escolas públicas e privadas do estado a partir do ano letivo de 2025. A decisão destaca a crescente preocupação com o uso da tecnologia em ambientes educacionais. Além disso, o Centro Marista de Defesa da Infância alerta para a necessidade de atenção também ao uso dos aparelhos e da internet em casa.

Uso da internet entre crianças e adolescentes

Um levantamento realizado em 2024 pela TIC Kids Online Brasil, em parceria com a Unesco e o Cetic.br, revelou que 93% das crianças e adolescentes brasileiros entre 9 e 17 anos utilizam a internet, totalizando 24,5 milhões de pessoas. O estudo aponta que cerca de três em cada dez jovens nesta faixa etária têm responsáveis que utilizam recursos para bloquear ou filtrar certos tipos de sites (34%); controlar aplicativos baixados (32%); limitar contatos por chamadas ou mensagens (32%); monitorar sites ou aplicativos acessados (31%); bloquear anúncios (28%); alertar sobre compras em aplicativos (26%); e restringir o tempo online (24%).

Cuidado no uso da internet

Valdir Gugiel, diretor do Centro Marista de Defesa da Infância e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Santa Catarina, enfatiza a importância do letramento digital. “Assim como ensinamos nossas crianças a não falar com estranhos na rua, devemos ensiná-las a como se comportar na internet. Pais e responsáveis precisam supervisionar as atividades online e ensinar sobre dinâmicas mercadológicas, pois o uso inadequado da internet pode causar adoecimento físico e mental”, disse em nota. Gugiel também ressalta a necessidade de um debate sobre o uso consciente de telas e dispositivos e a violência no ambiente digital.

Ofensas online

A TIC Kids Online revelou que 29% dos usuários de internet entre 9 e 17 anos relataram ter passado por situações ofensivas no ambiente digital. Desses, 31% conversaram com pais ou responsáveis sobre o ocorrido; 29% com amigos da mesma idade; 17% com irmãos ou primos; e 13% não contaram a ninguém. Bárbara Pimpão, gerente do Centro Marista de Defesa da Infância, explica que algumas dessas situações podem evoluir para cyberbullying, causando consequências psicológicas, físicas e sociais, como baixa autoestima, depressão, ansiedade e insônia.

Dicas para responsáveis

A entidade recomenda aos pais e responsáveis os seguintes cuidados:

  1. Monitorar e controlar o uso do celular.
  2. Estar atento a situações ofensivas.
  3. Explicar os perigos do contato com estranhos.
  4. Conversar sobre o uso excessivo da internet.
  5. Acessar conteúdos online junto com as crianças para conscientização.

Com informações Agência Brasil

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Exportações agrícolas do Brasil sofrem queda em Janeiro, revela Anec

As exportações de produtos agrícolas do Brasil apresentaram uma significativa redução em janeiro de 2025, conforme dados divulgados pela Associação Nacional dos Exportadores de...

Turista espanhola morta por elefante na Tailândia: cornaca indiciado

A polícia tailandesa indiciou Theerayut Inthaphudkij, 38, sob a acusação de negligência causando morte, após um elefante sob seus cuidados matar a turista espanhola...

Militar usa inteligência artificial para explodir Tesla em frente ao hotel Trump

Um militar, identificado como Matthew Livelsberger, supostamente explodiu um Tesla Cybertruck em frente ao Hotel Trump, em Las Vegas, utilizando ferramentas de inteligência artificial...