31.7 C
Três Lagoas
sábado, 28 de dezembro, 2024

Economia brasileira: Queda do desemprego

O mercado de trabalho brasileiro atingiu um marco histórico no trimestre encerrado em novembro de 2024, com a taxa de desocupação chegando a 6,1%, a menor já registrada pela PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012. A queda de 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior (6,6%) reflete o aquecimento do mercado de trabalho e consolida a recuperação pós-pandemia.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de desocupados recuou para 6,8 milhões, o menor contingente desde o final de 2014. Em apenas um trimestre, 510 mil pessoas saíram do desemprego, enquanto na comparação anual, o número de desocupados diminuiu em 1,4 milhão.

Comparação com a pandemia

O recorde de desocupação foi registrado durante a pandemia da covid-19, quando a taxa atingiu 14,9% no trimestre encerrado em setembro de 2020, e o número de desocupados chegou a 15,3 milhões no início de 2021. Desde então, o cenário mudou significativamente, com uma redução de 8,8 p.p. na taxa de desocupação e uma queda de 55,6% no número de pessoas sem trabalho.

Recorde de ocupação

No mesmo período, a população ocupada atingiu 103,9 milhões de trabalhadores, o maior número já registrado no Brasil. Esse crescimento representa um aumento de 25,8% em relação ao menor índice da série histórica, registrado em 2020, quando havia 82,6 milhões de pessoas empregadas.

O setor privado registrou um novo recorde, com 53,5 milhões de empregados, sendo 39,1 milhões com carteira assinada. No setor público, o total chegou a 12,8 milhões de trabalhadores, enquanto os trabalhadores sem carteira assinada permaneceram estáveis em 14,4 milhões.

Além disso, o número de trabalhadores por conta própria avançou 1,8% no trimestre, alcançando 25,9 milhões.

Taxa de informalidade e setores em alta

A taxa de informalidade, que engloba trabalhadores sem carteira assinada e por conta própria, ficou em 38,7%, representando 40,3 milhões de pessoas. O índice é ligeiramente menor que no trimestre anterior (38,8%) e também inferior ao registrado no mesmo período de 2023 (39,2%).

Quatro setores lideraram a expansão do mercado de trabalho no trimestre:

  • Indústria (+2,4%, ou 309 mil novos trabalhadores);
  • Construção (+3,6%, ou 269 mil);
  • Administração Pública, Saúde, e Educação (+1,2%, ou 215 mil);
  • Serviços Domésticos (+3%, ou 174 mil).

Na comparação anual, sete setores apresentaram crescimento, com destaque para o Comércio (+692 mil trabalhadores) e Administração Pública (+790 mil), que juntos somaram 3,5 milhões de novos ocupados.

Rendimento e estabilidade econômica

O rendimento médio real do trabalhador foi de R$ 3.285, estável em relação ao trimestre anterior, mas com crescimento de 3,4% no ano. Já a massa de rendimento real, que reflete o poder de compra da população, alcançou um novo recorde, atingindo R$ 332,7 bilhões, com aumento de 2,1% no trimestre e 7,2% no ano.

O grupamento de Transporte, Armazenagem e Correio foi o único a apresentar aumento significativo no rendimento médio no trimestre (+4,7%), enquanto outros setores registraram estabilidade.

A coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que o mercado de trabalho caminha para um ano de recordes em 2024, impulsionado pelo crescimento do emprego formal e informal. “A expansão da ocupação em diferentes atividades econômicas tem ampliado a inclusão de trabalhadores, desde ocupações elementares até serviços profissionais mais avançados”, afirmou.

Com o cenário positivo, o Brasil consolida sua recuperação no mercado de trabalho, proporcionando melhores perspectivas para a economia e a população. A pesquisa PNAD Contínua segue monitorando o comportamento do emprego, com dados coletados em mais de 3.500 municípios e 211 mil domicílios em todo o país.

Com informações Agência Brasil

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Festas de Fim de Ano: perigo do barulho excessivo para a saúde auditiva

O barulho excessivo durante as festas de fim de ano levanta preocupações entre especialistas sobre os danos causados pelos ruídos à saúde, especialmente ao...

Homem com 38 passagens pela polícia agride esposa e incendeia carro em Três Lagoas

Na tarde deste sábado (28), por volta das 15h, um homem de 32 anos, com um extenso histórico criminal de 38 passagens pela polícia,...

China abre investigação sobre importação de carne bovina

A China iniciou uma investigação sobre a importação de carne bovina entre 2019 e o primeiro semestre de 2024, com foco na aplicação de...