O uso excessivo de antibióticos na criação industrial de animais é um grave problema de saúde pública e ambiental, ligado à emergência de superbactérias resistentes a medicamentos. Cerca de 70% dos antibióticos produzidos globalmente são destinados a animais, e sua administração é facilitada em muitos países, incluindo o Brasil.
O sistema agroalimentar global contribui para essa situação com a produção concentrada em poucos produtos e a monotonia genética na pecuária. Essa prática requer o uso de antibióticos para prevenir surtos de doenças em ambientes confinados.
Além dos impactos na saúde humana, o vazamento de antibióticos contamina solo, água e ar, sendo um dos maiores desafios de saúde pública, segundo a OMS. Reduzir o consumo de antibióticos na produção animal requer uma transformação nos métodos produtivos, com medidas de higiene rigorosas e menor densidade de animais, como na Europa.
A diversificação da dieta e a redução no consumo de carne também são essenciais. Guias alimentares recomendam menos carne e produtos ultraprocessados, favorecendo uma alimentação mais equilibrada.
A busca por um sistema alimentar sustentável é vital para compatibilizar produção e consumo com os limites ecológicos, aliando eficiência na conversão de proteínas vegetais em animais à sobriedade e suficiência para garantir sustentabilidade a longo prazo.
Com informações Jornal da USP.