Velório acontece na manhã deste sábado, 30, onde seu sepultamento será realizado no Cemitério Santo Antônio, às 16h.
A rádio de Três Lagoas amanheceu mais silenciosa neste sábado, 30, com a notícia do falecimento de Adonildo Santos, carinhosamente conhecido como “Garotinho”, ícone da comunicação local. O radialista morreu na madrugada de hoje, deixando um legado marcante no jornalismo e na cultura da cidade. O corpo de Adonildo está sendo velado no Velório Cardassi desde as 7h30, e o sepultamento está marcado para as 16h, no Cemitério Santo Antônio.
Reconhecido como um dos maiores nomes do rádio três-lagoense, Adonildo Santos desempenhou diversas funções ao longo de sua carreira, atuando como sonoplasta, âncora, repórter político, narrador e comentarista esportivo. Sua trajetória foi marcada por pioneirismo e dedicação, especialmente em uma época em que o rádio local operava com recursos limitados e estruturas artesanais.
Adonildo era conhecido por investir do próprio bolso para garantir que os ouvintes recebessem informações de qualidade. Ele adaptou veículos como Fuscas e Rurais para servir como unidades móveis improvisadas, permitindo coberturas políticas e policiais inéditas na cidade.
À frente do programa Tribuna Livre do Ouvinte, na antiga Difusora AM, ele abriu espaço para vozes de diferentes ideologias políticas, promovendo debates entre representantes de partidos como PT, MDB, PSDB, e legendas que hoje estão extintas, como PDS, PFL e PHS. Sua imparcialidade e compromisso com a liberdade de expressão marcaram a história do rádio local.
Além de sua contribuição para o jornalismo, Adonildo também fomentou a cultura em Três Lagoas. Durante anos, organizou o Festival da Música Popular e Sertaneja, eventos que atraíam grandes públicos e valorizavam os talentos locais.
Nos últimos anos, Adonildo convivia com as sequelas de uma agressão que sofreu em 2013 no Estádio “Saraivão”, em Ivinhema. Na época, o comunicador foi atingido por diversos golpes de madeira na cabeça, sofrendo um grave traumatismo craniano durante uma briga generalizada entre os torcedores das equipes do Misto e do Ivinhema.
Após o ataque, o radialista ficou internado por cerca de 30 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Dourados. Apesar de sobreviver, Adonildo ficou com sequelas permanentes decorrentes da gravidade das lesões, fazendo uso de uma cadeira de rodas para se locomover, mas nunca tirando seu característico sorriso que o marcava.
A morte de Adonildo Santos deixa uma lacuna irreparável no rádio de Três Lagoas e no coração dos amigos e familiares. Seu legado, entretanto, permanece vivo na memória de todos que o ouviram e o conheceram. O “Garotinho” parte, mas sua história seguirá inspirando gerações.
O Grupo Caçula de Comunicação, em nome de seus diretores, expressa os seus mais profundos e sinceros sentimentos à família e amigos, deste grande profissional que o rádio de Três Lagoas acaba de perder.