Um levantamento realizado pelos Cartórios de Registro Civil do Brasil revelou uma realidade alarmante em Mato Grosso do Sul: desde 2021, uma média de 599 crianças e adolescentes de até 17 anos ficam órfãos de pelo menos um dos pais anualmente. O estudo, que abrange o período de 2021 a 2024, destaca o impacto significativo da pandemia de Covid-19, responsável por cerca de um terço dessas perdas em 2021.
Em 2021, 176 crianças perderam um dos pais devido à Covid-19, entre as 546 registradas como órfãs naquele ano. Este dado é um reflexo não apenas da crise de saúde pública, mas também de vulnerabilidades preexistentes que foram agravadas durante a pandemia, como problemas de saúde, pobreza e exclusão social.
O estudo foi possível graças ao cruzamento de dados de CPFs registrados nos óbitos e registros de nascimento, uma prática que antes de 2019 não era obrigatória e dificultava a análise precisa do número de órfãos.
A orfandade não é apenas uma questão estatística; ela traz implicações sociais e econômicas profundas. As crianças que perdem um dos pais enfrentam desafios emocionais e sociais significativos, que podem afetar seu desenvolvimento e bem-estar. É essencial que a sociedade e o governo se mobilizem para oferecer suporte a essas crianças, garantindo que tenham acesso a recursos e cuidados adequados.
Esse levantamento serve como um chamado à ação para a implementação de políticas públicas que atendam às necessidades dessas famílias, promovendo a inclusão e proteção dos jovens em situação de vulnerabilidade. Acompanhe as atualizações sobre este tema vital e como podemos contribuir para a mudança.