Júpiter é inabitável, mas Europa pode esconder os segredos da vida no cosmos.
Júpiter, com sua atmosfera de hidrogênio e hélio, gravidade extrema e ventos superiores a 600 km/h, é completamente hostil à vida. Além disso, o planeta emite radiação intensa, suficiente para destruir qualquer equipamento humano que se aproximasse por muito tempo. Esse ambiente torna impossível não apenas habitar, mas também realizar explorações tripuladas no planeta.
Por outro lado, a lua Europa se destaca como um dos corpos celestes mais promissores do Sistema Solar para abrigar vida. Sob sua camada de gelo, cientistas acreditam existir um oceano subterrâneo com duas vezes mais água que todos os oceanos da Terra. Este ambiente pode ter condições semelhantes às de fontes hidrotermais do fundo oceânico terrestre, onde a vida prospera sem luz solar. A presença de água líquida, uma fonte de energia e possíveis compostos orgânicos tornam Europa o foco de missões espaciais atuais.
A missão Europa Clipper, da NASA, está a caminho de explorar essa lua, com chegada prevista para 2030. A sonda usará nove instrumentos para estudar a composição da crosta de gelo, medir a profundidade e a salinidade do oceano e buscar sinais de moléculas orgânicas. Embora não esteja equipada para detectar vida diretamente, seus dados ajudarão a determinar se Europa tem condições habitáveis. A sonda também investigará fenômenos únicos, como o brilho potencial do gelo causado pela radiação de Júpiter.
Se os sinais de habitabilidade forem confirmados, Europa poderá se tornar o principal foco de estudos sobre vida fora da Terra. O progresso da exploração espacial em corpos celestes como este reforça a importância de expandir nossos horizontes em busca de respostas sobre a vida no universo.