O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), se manifestou a favor de mudanças no projeto de lei complementar (PLP 175/2024), que trata da liberação das emendas parlamentares impositivas, as chamadas “Emendas Pix”. A proposta, já aprovada pela Câmara dos Deputados, está prestes a ser votada no Senado e promete gerar debates, especialmente sobre o papel da equipe econômica no controle dos recursos.
O PLP 175/2024 estabelece que, em caso de dificuldades orçamentárias, as emendas não poderão ser bloqueadas pela equipe econômica, como ocorre com outras despesas do orçamento. Ao invés disso, os recursos deverão ser apenas contingenciados, ou seja, postergados, mas com a obrigatoriedade de pagamento até o final do exercício fiscal.
Randolfe Rodrigues defendeu que as “Emendas Pix” não devem ser tratadas de forma diferenciada dos demais recursos orçamentários, que também podem ser sujeitos a cortes em momentos de crise fiscal. Para o senador, o tratamento excepcional dado às emendas parlamentares pode criar precedentes indesejáveis no gerenciamento das finanças públicas.
A proposta que será analisada no Senado é o resultado de um processo de negociação entre os três Poderes, após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que suspendeu a liberação das emendas impositivas. A decisão do STF foi unânime, com todos os ministros do tribunal apoiando a suspensão até que novas regras de transparência e rastreabilidade fossem estabelecidas para esses recursos, conforme a Constituição.