Maria do Carmo Avesani relatou os desafios e parcerias para viabilizar as novas moradias populares na cidade, com previsão de início das obras para 2025.
Durante uma entrevista exclusiva à Rádio Caçula nesta quinta-feira, 31, a diretora-presidente da Agência de Habitação Popular do Estado de Mato Grosso do Sul (Agehab), Maria do Carmo Avesani, abordou a construção de 192 apartamentos em Três Lagoas, no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida. Ela explicou o processo que começou no ano passado e envolveu a articulação entre o governo estadual, o município e o governo federal para garantir a execução do projeto.
“Esse foi um processo que começou já no ano passado, quando foi aberto o cadastramento dos projetos. Nós dialogamos com o município de Três Lagoas e cadastramos a proposta no Minha Casa Minha Vida,” afirmou Maria do Carmo. A empresa vencedora, chamada Fage, já consolidada no mercado, será responsável pela construção das moradias, que, segundo a diretora, contam com toda a infraestrutura necessária e estão localizadas estrategicamente próximas a escolas e outros serviços públicos.
Avesani destacou ainda o papel crucial das parcerias para o sucesso da iniciativa: “A atuação do município de Três Lagoas, com a participação da Rafaela Marques, diretora de Habitação, e do prefeito Ângelo Guerreiro, foi fundamental. Esse diálogo entre os governos estadual e federal foi decisivo para a viabilização dessas moradias populares.”
Além de Três Lagoas, outras cidades do estado também serão beneficiadas pelo programa, como Naviraí, Campo Grande, Ponta Porã e Corumbá. A diretora ressaltou que o Mato Grosso do Sul tem se destacado no cenário nacional em termos de desempenho na contratação de moradias populares.
Ao ser questionada sobre os desafios enfrentados, Maria do Carmo mencionou a disponibilidade e localização dos terrenos como questões centrais. “Um dos critérios de priorização do governo federal é que os terrenos sejam doados pelos municípios e estejam bem inseridos em áreas próximas a serviços públicos,” explicou.
Um ponto inovador mencionado por Avesani foi a nova modalidade do Minha Casa Minha Vida, que permite que beneficiários do Bolsa Família ou do Benefício de Prestação Continuada (BPC) não paguem prestação enquanto recebem esses benefícios. “Essa é uma condição nova que não existia nos anos anteriores,” destacou.
Por fim, a diretora enfatizou que o processo de seleção das famílias beneficiadas ainda será realizado no próximo ano e seguirá critérios de prioridade definidos pelo governo federal, como mulheres chefes de família e moradores de áreas de risco. O projeto, além de oferecer moradia digna, terá impacto direto na economia local, com a geração de empregos durante a construção.